- Direção
- Kleber Mendonça Filho
- Roteiro:
- Kleber Mendonça Filho (roteiro)
- Gênero:
- Documentário
- Origem:
- Brasil
- Estreia:
- 24/08/2024
- Duração:
- 93 minutos
Lupas (9)
-
Me fez lembrar a época em que maratonei os documentários do Eduardo Coutinho. Acho que o Kleber Mendonça Filho tem potencial para insistir mais nesse tipo de filmes também.
-
Demora muito falando sobre o apartamento do diretor, o que vale apenas como curiosidade para entender sua trajetória. Quando fala dos cinemas de rua é mais abrangente e interessante, vale a pena. Aquela cena final no carro é bem legal, mas completamente descolada do filme.
-
Acho que é a primeira vez que o KMF troca seu típico "panfletarismo" de esquerda por pessoalidade ,e claro que assim sendo, consegue um entregar um filme que me agrada, afinal de contas pouco me importa a posição política de um cineasta ou de um artista. Quando avalio arte prezo por encontrar a alma do artista. Há um pouco de Panahi aqui, muito de Tsai Ming-liang e um sentimento notório da decadência das grandes cidades brasileiras.
-
Em cada capítulo, Kleber mostra a importância das lembranças afetivas impregnadas em locais fundamentais para a sua formação, como seu apartamento e os antigos Cinemas de rua no Centro de Recife, e como as mudanças, necessárias ou não, moldam hoje um retrato da cidade e porque não, do país.
-
O medo era de um documentário arrastado e pedante, mas Mendonça Filho escapa dessa armadilha entregando memórias e reflexões sobre a própria vida, Recife e o cinema de forma tão envolvente que ganha o interesse do público em poucos minutos. A forte nostalgia misturada ao desalento acabam por impregnar a tela.
-
Memórias pessoais contadas de forma poética.
-
Esse filme tem um gosto a mais para quem é de Recife e cresceu andando pela cidade. E principalmente para mim que apareço em algumas cenas do Cinema São Luiz. rs
-
Nao há como não se emocionar com o amor ao cinema e ao Recife que exala no documentário pessoalíssimo de KMF. No entanto, assim como tem seu charme, a narrativa com muitos arquivos (ainda que pérolas) às vezes soou confusa ou deslocada.
-
KMF cria um filme autoral com o gabarito de ser um dos cineastas mais importantes do cenário nacional, permitindo-se citar sua filmografia de forma completamente natural e orgânica, sem soar pedante, enchendo o documentário de subjetividade, de particularidades simbólicas que ganham projeção na sétima arte já (quase) massificada. A áurea de "retratos fantasmas" lembras aqueles documentários que passam nos centros acadêmicos das universidades, com sua linguagem das ciências sociais.