Como trabalho de direção, é cheio de atrativos. O defeito está no roteiro. Por mais que a tecnologia mostrada já esteja entre nós (pelo menos não no grau exposto), as explicações para o plot não soam convincentes. O resultado é um filme que pode ser dito pedante.
Com o tempo a história vai se perdendo no limbo de ideias que criou e logo parece não se sustentar mais como uma narrativa linear -o que a principio pretendia fazer-. Vale pela ousadia, o que é bem legal, mas não chega a ser grande coisa.
Goldhaber é bem competente na encenação do intangível, em captar agonia e incredulidade e trabalhar o horror enquanto cinema (telas, espelhos, luzes e truques visuais). Brewer está ótima também, mas o filme não voa, não tenta ir muito além do básico.
Netflix arrasando em suas produções... Mais um suspense fofo, como não se envolver e se apaixonar pela Lola... Final meio impactante, que nervoso aquele nariz quebrado... Suspense adorável...
Daqueles exercícios de tensão psicológica bem bolados, conduzido numa espiral de trama que revela o necessário e lá no fundo surpreende com um revisionismo da exposição online. Pequeno achado do ano, principalmente pela evolução de Brewer.
Fica no lugar-comum dos bons indies de horror estadunidenses, partindo da quebra de personalidade da protagonista para entregar um horror interpretativo e perturbado, imprevisível como os melhores exemplares do tipo; tem sua pretensão mas se garante.