Lupas (51)

Este filme me faz acreditar que um dos quesitos para se concorrer/ganhar o Óscar é o filme ser bem chato (salvas raríssimas exceções).

Tocante! Não vejo outra palavra que melhor defina a experiência. Tanto no que tange aos sentimentos que evoca, quanto no sentido físico da palavra. Poucas vezes vi um filme que abordasse com tamanha naturalidade o aspecto do contato humano, físico mesmo. Há vários elementos e símbolos dentro da narrativa que aludem a materialidade. O homem e sua natureza instintiva, sexual, coexistindo harmonicamente. Bem sensorial e prazeroso, como deve ser a vida mesmo.

Escapa dos clichês de filmes de romance pois é muito mais profundo e bem construído que a média do gênero. Os diálogos são riquíssimos, as músicas lindas e a história é tocante. É sobre a construção de momentos incríveis delimitados num curto espaço de tempo, que logo cede a perda, ao luto.

Belíssimo em sua conjunção de imagens e trilha sonora. Delicado e elegante, o filme sabiamente evolui em flertes e vai crescendo de forma bastante orgânica. O discurso final do pai de Elio para o filho é uma das mais belas falas de um pai para o filho em todo cinema

Footage cool e a permeabilidade para todos os sentimentos possíveis quando existe a paixão. Poderia ter sido (bem) mais curto, levando em consideração a proposta. Final doloroso, difícil ficar indiferente.

Romance fraco e cansativo. 01/05/2020

Sem o atual "PolCor" hollywoodiano o que sobra do filme? Com diálogos inspiradores entre o playboy pedante e a família cool (-Quase transei com a Marzia ontem. -Então tenta de novo mais tarde, filho. -Acho que ele gosta de vc mais do que vc gosta dele. -vcs tiveram uma amizade tão bonita, quão raro e especial foi, eu o invejo.), o que diria a crítica, fosse uma relação hétero (pedofilia talvez?)? Se até a "lembrança da camisa" é plágio (de "Brokeback" ou "Asas", tanto faz), nada resta.

fala do pai é um ensinamento

Fascinante como as paisagens mediterrâneas da Itália deixam qualquer filme ainda mais bonito.

Now, 02-02-2019

De ter que se entender e estar aberto a viver, no mais puro e lindo que essa palavra signifique, se jogar em ser quem você realmente é com toda uma verdade particular que varia de cada um. E aquela marca que quem importa sempre deixa na gente.

Quando o vi pela primeira vez não tive a sensibilidade necessária para entendê-lo. Trata-se de um dos filmes mais belos e sensíveis já feitos. Tudo é perfeitamente orquestrado para contar uma história de amor num verão na Europa nos anos 80.

Simples e belo. De uma ambientação estupenda e uma delicadeza sem tamanho.

É um pacotão de cinema, agrupando cada um dos elementos de um romance de verão - inclusive a estação, seus símbolos e seu prazo em si mesmos - , com a exata proporção do que aquilo significa para as partes envolvidas.

Como muda do meio pra frente: de uma primeira parte maravilhosa com uma construção personagens que beira a perfeição a partir de uma encenação totalmente anti-climática parte para um romance belo porém comum. Fica o saldo positivo, grande filme.

Embora a cadência e o marasmo do filme tenham incomodado, é inegável a beleza desta história de descoberta do amor. Trilha sonora maravilhosa! A sequência da conversa entre pai e filho ao fim é um dos momentos mais emblemáticos dos últimos anos no Cinema.

Criei tanta expectativa que me decepcionei, já vi filmes que retratam o tema com mais paixão, angustias e valentia, esse achei tão lento, água com açúcar... "Queda livre" foi muito bem nestes quesitos, este ficou mais poético, menos conflituoso... Mediano

É um roteiro muito bem escrito por um James Ivory já treinado nessa mesma estória.

Filminho, bom...mas filminho.

Timothée Chalamet é um ator promissor.