Lupas (47)

Começo burorático e arrastado demais, mas o final vale cada minuto. A cena do ônibus é uma das coisas mais pesadas e indigestas que ja veicularam no cinema.

Apesar daquelas idas e vindas, futuro/passado, é tudo tão lindo e sofrido, um final doloroso e surpreendente, fascinante essa obra, maravilhosa sua execução, certeza, vai incendiar corações....

O diretor tenta fazer um cinema parecido ao de Michael Haneke, se mostrando frio e realista, porém, de tão frio ele se torna desinteressante e cansativo demais, e fica difícil simpatizar com os personagens.

O desenvolvimento lento e frio da história nos prepara de forma eficiente para sua forte resolução, mas nos distancia emocionalmente das personagens! A fotografia é belíssima, as atuações são competentes e a direção é segura. Bom filme!

Revirar o passado para solucionar o presente é revisitar o homem e seu melhor e pior em sua complexidade, e aqui os contrastes dos sentimentos e ações humanas são expostos numa família despedaçada, indo do horror e choque à posterior união e redenção.

Duas coisas que não fazem sentido: amor e ódio.

A jornada é bem construída e muito interessante, - Lubna Azabal está ótima - pena que no final todas reviravoltas soem forçadas e inverossímeis.

Contrapartida à seu título, incêndios é frio. Denis Villeneuve desconstrói o emblemático passado da mãe e traz seus algozes para vida do casal de filhos. Alguns acontecimentos deveriam ficar nas cinzas, e sim, um, mais um, é um.

Fui só eu que achei a direção de atores sofrível? Difícil embarcar nessa história, com protagonistas tão fracos e inexpressivos. E de conteúdo tão tendencioso. Fica a impressão de que terroristas muçulmanos são uns santinhos; o problema são os católicos.

"Enterrem-me sem caixão, nua, e sem orações. Meu rosto virado para o chão, de costas para o mundo." Filme denso, forte e brutal. Inteligentemente bem filmado e amarrado. Não ficava chocado assim há um bom tempo. "Um mais um pode ser um? Chocante!

Ao longo da viagem rumo as origens, longos flashbacks revelam o lugar inferior reservado a mulher mulçumana, assim como toda sorte de abusos de direitos humanos praticados em nome de interpretações anacrônicas de crenças religiosas.

Primeira hora, dificil de ser entendido, muitas pontas esparsas, porém, do meio para o fim, a história se sustenta e apesar de muitos flashback, é um filme bom de se assistir. Recomendável.

A busca pelos restos da história é muito mais interessante e esclarecedora do que a história em si.

Poderia ter sido puro melodrama. No entanto,o diretor, mantendo certa distância dos personagens(aqui sua câmera é só observadora) e apostando numa narrativa não linear,equilibra a trama e, sem diluir muito seu impacto,faz com que nada soe gratuito. Filmão

A intolerância gera o horror e, muitas vezes, cega o homem. Ainda que ele tenha algo à procurar, a cegueira o impedirá de realmente ver aquilo que deseja.Diante desses e outros questionamentos, a humanidade segue diante desse triste fato enraizado em nós.

Forte por expressar criticamente uma realidade muito distante de nossa civilização. A Guerra Civil Libanesa e os conflitos do Oriente Médio funcionam como um plano de fundo bem arquitetado. O final é realmente chocante!

O maçante caminha de mãos dadas com o interessante do ínicio ao fim,os dois tem peso igual na balança e qualquer mérito do filme deve assim ser dividido.

Impactante, reserva momentos de intensidade dramática e atuações preciosas de todo o elenco. Um filme para deixar pensando por muito tempo.

O que é necessário para estarmos aqui? Quantas gotas de sangue nos fez valer nossa existência? São algumas das questões nada convencionais abordadas em Incêndios.

Apesar de politizado, a frieza da direção o torna um tanto enfadonho durante quase todo o longa. Regado por boas atuações e um roteiro fino, este nada convencional drama familiar te faz pensar. Final impactante, um bom e interesante filme.