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7+: Telecine Recomenda - Viagem no Tempo

Desde que começou a entender melhor o universo que o cerca, o ser humano teve uma curiosidade específica: e se eu pudesse me deslocar no tempo? Responder os grandes mistérios do passado ou especular o que vai acontecer no futuro são perguntas tão velhas quanto o próprio conceito de tempo, e o cinema abordou o tema em diversas ocasiões diferentes com as mais diferenciadas abordagens - sempre trazendo reflexões importantes sobre como viver a vida. O Telecine e o Cineplayers escolheram sete filmes para os historiadores e futurólogos de plantão!


De Volta Para o Futuro (1985)

Com sua presença de espírito e bom humor, o filme de Robert Zemeckis é a cara dos anos 80. Recheado de boas atuações (do carisma malandro de Matthew J. Fox à maluquice cartunesca de Christopher Lloyd passando pelo jeito atrapalhado de Crispin Glover), uma trilha sonora inesquecível de Alan Silvestri e momentos icônicos - como quando o protagonista inventa o rock & roll. A tentativa do protagonista Marty McFly de tentar voltar no tempo enquanto tem de fazer com que os pais se apaixonem para garantir a própria existência é uma das mais deliciosas aventuras oitentistas, provando que um assunto tão complexo feito viagem no tempo também pode ser divertido.


Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991)

Uma sequência que não apenas manteve a qualidade do original, mas tornou tudo maior e mais épico. A tentativa de uma mãe, seu filho e um androide do futuro de prevenir um futuro apocalíptico onde as máquinas reinam é seguramente um dos melhores filmes de ação de todos os tempos, recheado de sequências de tirar o fôlego (A fuga no esgoto de Los Angeles! A invasão ao sanatório! O atentado à Skynet!) que elevaram definitivamente o padrão do cinema de ação. Aqui, a viagem do tempo é um pano de fundo, mas sem esse recurso jamais teríamos um pretexto para um filme tão empolgante.


Bill & Ted - Dois Loucos no Tempo (1991)

Keanu Reeves e Alex Winter continuam sua saga de deslocamento temporal no segundo filme da saga Bill & Ted, que traz os dois roqueiros sem noção ainda na busca de aventuras excelentes e muita festa. Diferente do primeiro, aqui já não temos tanta piada com diferentes períodos históricos, mas o deslocamento temporal vira uma arma tanto contra quanto a favor da dupla, que dessa vez sacaneia clássicos cinematográficos como O Sétimo Selo (que também viraria piada dois anos depois em O Último Grande Herói). Para aqueles que curtem um lance mais fanfarrão e inconsequente, a zoeira de Reeves e Winter é um prato cheio. 


Click (2006)

Muitas vezes, a viagem no tempo recebe um tratamento de ficção científica, mas Click chega aos limites da fantasia. O filme traz o protagonismo Adam Sandler como um homem que recebe de um inventor um controle remoto temporal que permite manipular sua própria vida. Porém, após muito pular momentos tediosos, o personagem percebe que perde o tempo precioso que passava com a família e então procura o criador do objeto para desfazer o pacto faustiano. Sandler, que andava então dando uma repaginada na carreira estrelando uma série de filmes mais positivos (A Herança de Mr. Deeds e Como Se Fosse a Primeira Vez) e que testavam suas capacidades dramáticas (Embriagado de Amor), transformou Click em um filme de culto, ainda lembrado que quando quer, o ator também sabe emocionar. E provando, mais uma vez, a “elasticidade” do tema viagem no tempo.


Questão de Tempo (2013)

Para os que preferem abordagens mais dramáticas do gênero, para além das já mencionadas, outra possível é Questão de Tempo, onde um homem ganha poderes de viagem temporal e então passa a interferir nos acontecimentos da sua vida, ajudando um amigo e tentando conquistar a mulher por quem é apaixonado e, como é de praxe nesse tipo de história, estragando tudo por interferir demais. O filme saiu da cabeça de Richard Curtis, roteirista e/ou diretor de títulos marcantes da comédia romântica como Quatro Casamentos e um Funeral, Um Lugar Chamado Notting Hill, Simplesmente Amor e Yesterday, então além de termos as tradicionais risadas e casais inesquecíveis (Domhall Gleeson e Rachel McAdams dessa vez), também temos um substrato dramático e reflexivo bem interessante. 


X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014)

Os mutantes de Bryan Synger voltaram para mais uma aventura nesse filme que, após o prequel X-Men: Primeira Classe, deu continuidade a duas linhas temporais entrelaçadas pelo intrépido Wolverine de Hugh Jackman. Ele volta ao passado para impedir a morte de um ativista anti-mutantes, cujo assassinato daria início a uma cadeia de eventos que resultariam nos temíveis robôs caçadores batizados de Sentinelas. Adaptação de uma celebrada história de Chris Claremont e John Byrne, é um dos melhores filmes da franquia que, ao lado de Blade, O Caçador de Vampiros (1998), foi talvez a grande responsável por dar o “start” na mania super-heróica que viraria realidade a partir de Homem de Ferro (2008).


A Morte Te Dá Parabéns 2

Todo ano somos bombardeados por algum novo slasher, ou terror de matança, portanto fica difícil ser surpreendido. Mas Christopher B. Landon soube inovar e o resultado foi o primeiro filme da série, onde uma garota eternamente presa no mesmo dia tem de descobrir a identidade de um assassino e ver se consegue parar de ser morta. Uma mistura ousada de Pânico com Feitiço no Tempo que se pagou e voltou ainda mais brincalhão no segundo filme, que praticamente dispensa o elemento de filme de terror e consegue ter a vibração fanfarrona de uma comédia oitentista em pleno século XXI, falando até mesmo sobre maturidade e família. Tudo sustentado nas costas de Jessica Rothe, cativante à lá Marty McFly como sua personagem Tree Gelbman.

Comentários (2)

Alexandre Koball | quarta-feira, 22 de Julho de 2020 - 14:50

Um dos meus temas favoritos no cinema. Viagem no tempo. Hoje em dia o tema tá meio saturado, mas os grandes clássicos não morrem.

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