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7+ | Neorrealismo Italiano

O fim do regime fascista e a restauração da democracia na Itália tiveram o cinema acompanhando o processo de perto, literalmente "in loco". Fazendo assim como o Realismo Poético Francês, que enfocou o povo durante a época da Grande Depressão, os neorrealistas levaram a câmera para as ruas da Italia, filmando as dificuldades econômicas imensas da classe trabalhadora no cenário pós-guerra e pós-ocupação, abandonando os temas espetaculares e quebrando a narrativa em filmes episódicos sem grandes antagonistas e com protagonistas que eram "andarilhos" nas ruínas de um império de totalitarismo físico e estético, desmanchando a decupagem dialética tradicional em filmes que se utilizavam do plano sequência e da profundidade de campo, lançando mão de não-atores, de locações verdadeiras e luz natural. Essa abordagem profundamente humana da realidade praticamente detonou o cinema moderno que viria a ser praticado pelos Novos Cinemas através da Europa, América e Ásia. Confira abaixo sete filmes que marcaram essa luta por liberdade, dignidade e progresso.

 

07. Umberto D. (Vittorio De Sica, 1952)

 

06. Obsessão (Luchino Visconti, 1942)

 

05.  Alemanha, Ano Zero (Roberto Rossellini, 1948)

 

04. Arroz Amargo (Giuseppe De Santis, 1948)

 

03. Ladrões de Bicicleta (Vittorio De Sica, 1948)

 

02. A Terra Treme (Luchino Visconti, 1948)

 

01. Roma, Cidade Aberta (Roberto Rossellini, 1945)

Comentários (18)

Vlademir Lazo | segunda-feira, 13 de Abril de 2015 - 20:18

Acho que neo-realismo mesmo é só no imediato pós-guerra, até começo dos anos cinquenta, no máximo. Por isso que é meio difícil encaixar um Antonioni ou Fellini numa lista dessas (embora a primeira fase deste possa ser classificada dessa maneira, não seria injusto colocar um Boas-Vidas, por exemplo).

Caio Lucas | segunda-feira, 13 de Abril de 2015 - 20:30

Essas separações são importantes para estudo, apesar de muito chatas. Geralmente em listas o que vemos é a interpretação pura de quem as faz.

Vendo mais alguns Matarazzo tem tudo pra figurar entre meus 10 diretores favoritos de todos.

Alejandro Javier | terça-feira, 14 de Abril de 2015 - 20:20

Excelente lista! tal vez trocaria Arroz Amargo por Paisá, mas tudo bem...e se fossem 10+ poderia ser incluídos Milagre em Milan, A Culpa é dos Pais e Belíssima...

Pedro Degobbi | sábado, 18 de Abril de 2015 - 22:44

Não curti muito Roma, Cidade Aberta e Alemanha, Ano Zero.

Ladrões de Bicicletas e Umberto D. são muito bons.

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