Em 1995, o mestre do terror John Carpenter inventou de fazer uma versão do filme britânico de Wolf Rilla, 'A ALDEIA DOS AMALDIÇOADOS' (1960). Não sei se esse original é legal, pois nunca tive a oportunidade de assistí-lo. Mas se for pior que essa porcaria de Carpenter (onde creio que não), então aqui está um exemplo de remake que supera o original.
Na pequena cidade de Midwich, uma coisa muito estranha acontece entre os seus limites de território: há uma espécie de blackout em que toda a população desmaia, sejam pessoas ou animais. E que depois do fato, 10 mulheres engravidam; surpreendentemente todas no mesmo período de gestação. E mais surpreendentemente ainda, todas dão a luz no mesmo dia (todas dentro de um celeiro cheio de médicos e enfermeiros, com gemidos e gritos insuportáveis – argh!) e todas as crianças ao nascerem possuem um comportamento estranho e poderes psíquicos, além de todas terem cabelos brancos. Daí o governo manda cientistas a cidade para estudar as crianças, e quando a situação sai do controle, o mandado é exterminar todas.
A história realmente dá curiosidade. Pois crianças vilãs em filmes de terror pregam um bom medo. Não viram como foi o clássico ‘A PROFECIA’ (1976) e o atual ‘JOSHUA – FILHO DO MAL’ (2007). Mas nesse filminho de Carpenter aqui, o medo não prevalece em momento algum. Há única coisa que dá mesmo é sono. ‘A CIDADE DOS AMALDIÇOADOS’ tem cenas despropositais, diálogos sem precisão e atuações forçadas. Grandes e conhecidos nomes do cinema dão as caras aqui: Kirstie Alley de ‘JORNADA NAS ESTRELAS II - A IRA DE KHAN’, Mark Hamill de ‘Star Wars’ e até Christopher Reeve, o memorável “Superman” (‘A CIDADE DOS AMALDIÇOADOS’ foi o último filme antes do acidente que o deixou tetraplégico). Eles tentam dar o melhor em seus personagens, mas o roteiro não ajuda. Já as crianças são insuportáveis por seus papéis grotescos. Com suas perucas nada disfarçáveis, passam o filme quase todo lendo e comandando os pensamentos dos adultos através do brilho dos seus olhos (um efeito visual descarado) e andando em grupos, um por trás do outro, tipo aquelas filas do tempo do jardim de infância.
Um filme chato e sem propósito. Recebeu até uma homenagem do desenho dos “Simpsons” em um de seus episódios. Bom, não sei se foi uma homenagem ou uma oportunidade de caçoar. Mas vindo dos “Simpsons”, a idéia de caçoar é a mais provável. E com razão.
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