O subgênero do terror com animais teve seus tempos de fama lá nos anos 80 e começo dos anos 90. Muitos exemplares são aceitos e elogiados pelos fãs, como CUJO, MAX – FIDELIDADE ASSASSINA e ALIGATOR. Entretanto, nesses anos 20, a moda parece que voltou a querer bater a porta, e um expressivo número de filmes de animais vinheram: PRIMITIVO, SERPENTES A BORDO, CÃES ASSASSINOS, etc. Entre crocodilos e cobras, foram os leões os escolhidos para aterrorizar em CAÇADOS.
Indo direto no ponto, não foi a direção o grande incômodo do filme, nem mesmo as tentativas das cenas de tensão, aonde realmente chegam até causar um pouco sim (os ataques dos leões foram até que bem feitos para uma produção pequena como essa), mas sim os personagens chatos e estereotipados. Aqui hora são burros (vale pra todos, com exceção da criança do filme David, que se mostra bem mais maduro do que os próprios adultos), hora são teimosos e implicantes (Jéssica bate recorde nesse quesito). Os personagens fazem atos absurdos: acenar para os leões gritando “aqui, aqui, aqui”, como se eles fossem entender, ou para um helicóptero voando alto e bem longe enquanto leões famintos estão lá fora na espreita. Foram coisas assim que fizeram com que eu torcesse em alguns momentos para os leões.
No final das contas, até acho que se um filme que nem esse tivesse sido feito por mãos mais experientes, que explorassem ataques bem mais violentos dos leões e com muito mais derramamento de sangue, CAÇADOS se livraria de ser só um passatempo descompromissado e barato. Espero que os diretores de cinema tenham aprendido que leões na TV, só no Discovery Channel.
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