Em 2005, o diretor inglês Neil Marshall, ficou mais conhecido ainda no mundo por dirigir o terror bem sucedido ABISMO DO MEDO, a ponto da crítica especializada o considerar como o filme mais perturbador de monstros desde ALIEN – O 8º PASSAGEIRO. Coisa até de difícil alcance, pois o clássico de ficção científica de Ridley Scott é maravilhosamente incontestável. Com um final aberto para uma continuação, 4 anos mais tarde és que surge a idéia de se fazer a seqüência. Com a sinopse divulgada um pouco falha, já imaginava numa continuação ruim, não fazendo jus ao nome da obra original. Mas és que a impressão não foi a primeira que ficou. ABISMO DO MEDO 2 é tão assustador que nem seu antecessor, por mostrar fortes cenas de suspense, com genuínos momentos de horror; e de cara entrou na minha lista dos melhores do gênero lançados esse ano no país.

Quando disse que a sinopse do filme era falha no parágrafo anterior, foi porque achei um pouco sem lógica a idéia em questão. Não tem muito pé nem cabeça de Sarah, a única sobrevivente do 1º (quer dizer, era o que pensávamos), depois de se livrar do terror que vivenciou dias atrás e perder a memória, voltar para a caverna para ajudar nas investigações do desaparecimento das demais garotas mortas no 1º filme. E com um chefe de polícia (que aliás, torcemos muito pra que seu fim chegue logo) alimentando essa idéia absurda sem que exista nenhum superior se quer que empeça tal ordem, aí ficou com mais sem noção ainda.

Mas enfim, o chefe de polícia idiota mais a traumatizada Sarah entram na caverna, junto de sua assistente, a policial Rios, e 3 profissionais de resgate, Dan, Greg e Cath. A exploração do sinistro local vai caminhando bem, com Sarah tendo alguns flashbacks do que ocorreu ali antes, até que há um desmoronamento, e a equipe se separa, dando mais chances ainda pras criaturas famintas conseguir o seu jantar com uma maior facilidade.

Com uma surpresa na 2ª parte da projeção, ABISMO DO MEDO 2 corre bem, e faz tudo de bom que ABISMO DO MEDO fez: um fenomenal banho de sangue e sustos. Só lamento mesmo, o final que o diretor deu para a película. Não tinha precisão alguma de alguém de fora da caverna saber da existência das criaturas a não ser as que entraram lá e permaneceram. A idéia de antes da origem delas ser desconhecida era dez mil vezes mais interessante e inteligente!