As Aventuras de Pi, novo projeto do taiwandês Ang Lee ("O Segredo de Brokeback Mountain"), conta a história do jovem Pi, que se encontra na companhia de um tigre, uma zebra, um orangotango e uma hiena depois de um naufrágio, que matou toda sua família, tê-los deixado à deriva no Oceano Pacífico por 227 dias.
O longa abocanhou diversas indicações no Oscar - principalmente técnicas. Não à toa, diga-se. Algumas das mais belas cenas do ano estão aqui, e os créditos vão todos para Claudio Miranda, o diretor de fotografia, que fez uso de uma paleta de cores maravilhosa e de encher os olhos e, claro, para o diretor Ang Lee, que merecidamente levou seu segundo Oscar por este trabalho.
Vale destacar pelo menos três elementos fundamentais de "As Aventuras de Pi":
1) a incrível performance do protagonista Suraj Sharma. O rapaz é um achado. Brilhou em cena.
2) os efeitos especiais. Se você está acostumado com alienígenas, carros que se transformam em robôs e seres gigantes e azuis que habitam a lua de um outro planeta, você vai se surpreender. Aqui os efeitos especiais são o mar, os animais, o tigre, a tempestade. Eles são uma alegoria de luxo que complementa a narrativa e a deixa ainda mais encantadora.
3) o ótimo uso do 3D, que é um espetáculo à parte.
Por último, ainda há espaço para muita discussão envolvendo religião, fé e esperança na vida. Apesar das controvérsias a respeito da abordagem que Ang Lee fez desses temas, este é um excelente filme de um ótimo e experiente diretor. Merece ser visto.
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