Desde que eu vi um dos primeiros teasers já fiquei na maior expectativa. Querendo muito ver toda a história contada pelo genial Tim Burton. Como também a performance de Johnny Depp, prometia. Enfim o filme chegou por essas praias. E… Peguem a pipoca no tamanho grande, pois não desgrudarão os olhos da tela. É diversão garantida!
Vi numa entrevista na tv que o filme foi baseado numa antiga Série de tv. Como eu não a conheço, vou me ater ao filme em si. Tim Burton contou, e muito bem, a história da Família Collins. Só pecou num único detalhe, que eu contarei qual é mais adiante. O filme “Sombras da Noite” foi muito bem construído. Fazendo certas homenagens a outros filmes numa ponte entre os de Terror com as Paródias a esses. O que não deixa de ser um show à parte: um quiz para identificar que cena lembra a tal filme. Não querendo estragar a brincadeira, mas deixo um: “O Exorcista” (1973), por exemplo. Se é com alta dose de humor, será fácil matar essa charada. Além da cena clássica desse, uma outra me fez lembrar, mas de um outro filme mais recente, o “A Morte lhe Cai Bem” (1992), pela performance da Meryl Streep, que me fez pensar se uma outra atriz mais tarimbada teria também dado um show em “Sombras da Noite“. Pois nesse aqui, foram outros dois personagens que brilharam.
São pequenas homenagens que abrilhanta a trama, pois afinal, essa Família não tem nada de comum.
Há cenas que me fizeram lembrar do Vovô da “Família Monstro” quando ele tentava dormir em alguns lugares inapropriados. E segue por ai as referências as outras obras. Mas ainda no campo dessas homenagens, Tim Burton não esqueceu de, em vez de lembrar, trazer um ator dos Clássicos do Gênero. Tim deu um personagem para Christopher Lee, que já participou de outros filmes dele. Mesmo num pequenino papel, um grande ator quer é mais continuar atuando. Valeu, Tim!
O filme “Sombras da Noite” vem em dois atos. Ou seria em três? Por conta do final que deixa um gancho para uma continuação.
Há um prólogo, contando o início de uma família inglesa em solo americano, no ano de 1752. Tendo gostado, e prosperado, por lá resolveram morar, construindo uma imponente mansão. O lugar, por ter se tornado um importante porto de pesca graças a essa família, ganha o nome de Collinsport. E a mansão, de Collinswood.
Numa virada de tempo, com os filhos já crescidos, um deles passa a ser cobiçado por corações femininos. É o então personagem de Johnny Depp: Barnabas Collins. Mas que só tinha olhos para uma jovem. Acontece que uma das preteridas, uma das criadas da mansão, não deixará barato. Tendo ai o início de uma briga secular. Ela é Angelique, personagem de Eva Green. Onde para mim Tim Burton errou na escolha dessa atriz. Pois ela deixou escapar um importante papel: o de vilã dessa história. Mesmo na cena de uma transa ao som de “You’re the First, the Last, My Everything”, de Barry White, cena essa que ficará na História do Cinema, mas o brilhou ficou mesmo com o “partner” e os efeitos especiais. Teve momentos que ela me fazia lembrar da Anne Hathaway. E quando isso acontece, já são pontos a menos para a atuação. Além do que, não esteve à altura da performance de Depp. Esse foi fenomenal!
Após uns rounds, Angelique põe o belo príncipe para dormir, mas diferente do Conto da Bela Adormecida, ele vira um vampiro e Collinsport continua viva, não “adormece” com ele.
Passando então para o segundo ato, que na verdade é quase o filme por inteiro. Nessa passagem de tempo, Collinsport se encontra no ano de 1972. A cidade prosperou. Em contrapartida, a mansão entrou em decadência.
Junto com ela, os membros da Família Collins: a então nova matriarca Elizabeth (Michelle Pfeiffer); sua adolescente e rebelde filha, Carolyn (Chloë Moretz); um irmão que tenta manter uma pose de lorde, Roger (Jonny Lee Miller), com seu filho David (Gulliver McGrath), que todos acham que pirou após a morte da mãe.
Morando também na mansão: – Há dois empregados: o faz tudo Willie (Jackie Earle Haley), que depois será um mordomo para o Barnabas; muito boa a cena onde ele escuta e canta “The Lion Sleeps Tonight", de The Tokens. E uma senhorinha cujas cenas são hilárias depois com o Barnabas de volta à mansão, nas que ele tenta dormir; merecendo também o registro do nome da atriz: Ray Shirley. Ainda na residência dessa estranha Família, uma convidada que fora contratada para tratar do pequeno David, mas que acabou por lá ficando: a Dra. Julia Hoffman, personagem da Helena Bonham Carter. Uma Psiquiatra, diria que “aditivada”. Uma outra jovem chega à mansão, e que será a governanta do David. É Victoria Winters (Bella Heathcote), que ao longo do filme vamos conhecendo a sua história, e porque foi parar ali. Só a Dra. Julia que não morreu de amores por Victoria.
Além de Depp, outras das excelentes performances foram com as atrizes Michelle Pfeiffer e Helena Bonham Carter. Excetuando Eva Green que eu daria uma nota 6, aos demais, estiveram ótimos.
Cenário, Maquiagem, Figurino, Fotografia, Efeitos Especiais, além claro desse trio primoroso – Direção, Roteiro e Trilha Sonora -, dariam ao filme uma nota máxima. Mas… Pelo o que já contei acima, darei nota 8. E o personagem do Depp deixou uma vontade de vê-lo num Number Two.
Então, é isso! Peguem a pipoca, pois terão diversão garantida!
Por: Valéria Miguez (LELLA).
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