Lupas (85)

Excelente direção, com uma excelente abordagem sobre a capacidade sombria da mentalidade humana, além da construção de um dos personagens mais instigantes dessa década. O ritmo é lento às vezes, mas nada que esteja muito fora da proposta do longa.

Há um verdadeiro bombardeio de momentos irônicos e sarcásticos, com incríveis personagens encaixados num roteiro maluco, mas brilhante. Kubrik entrega uma obra bastante divertida de se acompanhar.

É visualmente interessante e as cenas de ação são bem realizadas, porém a misturada do longa acaba sendo ainda maior e lá pelas tantas acaba se transformando num video game.

Estupidamente divertido, e com um dos finais mais nonsense que já vi em filmes trash!

Um pouco esquemático mas muito corajoso e tecnicamente sensacional.

Como de costume de Spielberg, muito bem acabado e com um clima excelentemente construído. Só possui alguns pecadinhos no roteiro, mais para o terço final.

Menos musical, o filme ganha em contar melhor a história proposta, mas perde muito da energia do primeiro longa. Os Krills, excelentes, permitiram explorar toda uma capacidade técnica a partir de suas perspectivas.

A trama parece ter sido retirada de um jogo de Playstation, mas a diversão aqui ficou um pouco limitada. Ainda bem que o filme ri bastante de si próprio.

Vai construindo um clima apavorante (há muito não ficava tão tenso!), mas no final algumas escolhas feitas tiraram um pouco do peso (como normalmente ocorre no gênero).

Uma ideia com potencial incrível a ser explorado ganha um longa que traz uma visão instigante do futuro, porém com um terço final insosso e resumido a um filme de guerra convencional (apesar de tecnicamente diferenciado).

O maior problema neste filme do Trier é a desconexão (não total) entre as duas partes, que quando vistas separadamente apresentam bastante força. Kirsten está assustadora e a fotografia (principalmente a de "Claire") muito boa.

A cada minuto do filme, é possível constatar o cuidado e o capricho de Spielberg (o que por si só já emociona)! Infelizmente, poucos cineastas hoje possuem esse amor pelo cinema.