Lupas (406)

Vamos lá: é a velha história de superação hollywoodiana "Oscar bait". Você já sabe o que espera, mas nesse filme, você espera boas cenas no mar aberto - uma pena que a montagem intercale as belas cenas do nado com cenas da infância da protagonista [who cares?] - e a propósito, que protagonista bem egocêntrica. Annette Bening e Jodie Foster estão ótimas!

Talvez o grande plot twist seja o fato de que quem caiu na tal "armadilha" fomos nós, quando decidimos assistir ao filme. Até começa bem, mas a partir do momento em que a trama se desenrola fora da arena, Shyamalan estraga tudo o que foi construído com situações inverossímeis pessimamente atuadas. Hartnett está bem.

Filme dividido em duas partes. A primeira, elegante. Sentimos a imersão na Itália dos anos 50. Embora a interação inicial entre Ripley, o pai de Dickie e o próprio Dickie (e que consiste no argumento para o resto do filme) seja abrupta e meio forçada, o elenco afiadíssimo dá conta do recado. A segunda, suspense de altíssimo nível. Todos os personagens estão bem encaixados e todos contribuem para um exitoso filme.

Esteticamente: foda! Imagino para quem era adolescente na época ter assistido na época de lançamento; de repente, todos queriam uma gangue para chamar de sua. Pena que, para padrões atuais, as coreografias de luta estejam bem datadas.

Tipo de filme que você sabe exatamente o que vai te vender e cumpre o que promete. Às vezes, passa do tom no melodrama - a cena dos pais do garoto que pratica bullying com o protagonista conversando com o diretor é particularmente constrangedora [que tipo de adultos agem daquela forma, se não para aumentar o melodrama do roteiro?] -, e há algumas resoluções abruptas. De toda forma, sua mensagem é importante e o filme consegue transmiti-la.

Se arrasta por mais tempo que o necessário, mas ainda assim, não perde seu impacto narrativo. Bom filme. A trama que se passa no futuro é inócua e não agrega nada à história.

Tenebroso. Literalmente um filme sem qualidades.

Tem algumas decisões de roteiro que acho bem inverossímeis, mas garante alguma dose boa de tensão.

"Amigos entram e saem da sua vida como garçons em um restaurante." Filme bonito em vários aspectos.

Filme vai bem até a parte da prisão. A partir daí, só ladeira abaixo, narrativamente falando.

Louvo a tentativa de criar um épico brasileiro, mas há tantos deslizes que o resultado final não é dos melhores. Lacerda está ótimo.

Só Almodóvar para fazer uma cena de estupro tão bizarra quanto a que vemos aqui. A porra-louquisse parece não ter limites, com direito até a "cumface".