Lupas (51)

Pra quem criou expectativas como o possível “terror do ano”, com a entidade tão falada da vez, só por ter a mão do Soderbergh, se enganou. Não que sua experiência com a visão da assombração acabe sendo ruim. Mas não passa do regular também.

O documentário poderia ter colocado mais pessoas dando seus depoimentos de como o Plano Collor os afetou. Mas não, foram depoimentos de uma única família, além dos jornalistas e políticos. E não entendo... porque o que não falta é tragédia pra ser contada diante do desastroso pacote econômico.

Uma crítica as absurdas pressões estéticas que causam insatisfação com a própria imagem.

Quando um filme não precisa de cenas de violência explícita para gerar desconforto. A crescente construção do drama mais o terror psicológico perturba e muito pela crueldade e tragédia real.

É o melhor filme com o monstro de décadas, podendo incluir toda a bagagem americana completa. Japão ensinando Hollywood a como fazer um Godzilla!!!

Chega a ser triste saber que a maioria dos brasileiros não tem conhecimento sobre esta tragédia assustadora. O depoimento do ex-paciente Manuel Nascimento foi o que mais me mexeu.

Risadas àqueles que acharam que iam ver um filme erótico gay. A obra é boa, engana até os mais cinéfilos de longa data e a sequência de flashbacks mostra um alpinismo social assustador diante da sucessão de tragédias desconfortáveis que vão surgindo.

David Fincher e sua máquina de matar recheada de elegância.

A sobrevivência diante das condições impostas pra protagonista é bastante improvável. Os olhos críticos que buscam realismo consideram de fato horrível. Vê-lo de mente aberta, respeitando a liberdade criativa é o mais indicado.

Toque na mão e você verá uma brincadeira se tornar um pesadelo de qualidade!

Um terror onde a ganância e arrogância falam mais alto.

Enredo? Um amontado de porcaria.