Lupas (3795)
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Park é diretor fanfarrão, não há dúvidas , especialmente quando ele insere passagens de tempo estapafúrdias para tentar confundir o espectador. Seus filmes não são ruins, mas são em geral um tanto histéricos em sua vontade de surpreender. Neste caso se ele tivesse focado esforços em uma femme fatale mais "fatale" o resultado seria ais intrigante.
Eliezer Lugarini | Em 04 de Janeiro de 2024. -
Se trata do cinema padrão e corriqueiro de Kaurismaki que remete à seus títulos mais famosos dos anos 80. É tudo igualzinho e devidamente encantador como de praxe. Dois personagens proletários à margem da sociedade em busca de um pequeno afago, uma brisa de esperança. Se as folhas caem no outono, renascem na primavera.
Eliezer Lugarini | Em 01 de Janeiro de 2024. -
O título me fez, erroneamente supor, que estaria diante de um grande filme de tribunal tal qual Anatomia de um crime ( sem citar outros mais óbvios). Este exemplar francês não me conquistou, em geral o texto é pobre, a argumentação é mediana e os personagens pouco carismáticos além de uma direção muito pouco firme que transforma sua duração excessiva em algo maçante, redundante e com muita pouca fluência.
Eliezer Lugarini | Em 01 de Janeiro de 2024. -
Sou fã confesso do cinema do Wes Anderson mas suas fórmulas parecem cansadas depois de Hotel Budapeste. Asteroid é lindo esteticamente mas seu roteiro é confuso, chocho, sem graça e nada empolgante. Salva-se uma crítica á histeria do isolamento social da pandemia e talvez por isso muita gente torça o nariz.
Eliezer Lugarini | Em 01 de Janeiro de 2024. -
Me pergunto se existe algum ser que acha que estes efeitos especiais de filmes de heróis são bons? Nem mesmo quem os faz deve sentir orgulho.
Eliezer Lugarini | Em 01 de Janeiro de 2024. -
Faz algum tempo que Scorsese é um diretor formulaico, engana-se quem pensa neste adjetivo como algo negativo. Scorsese tem sua própria fórmula de fazer cinema e ela não falha nunca ( ou quase nunca). Um diretor competente demais, que conduz suas histórias de ascensão e queda com brilhantismo. Nem mesmo longa duração é passível de crítica, suas 3h e meia passam voando, quando temos em tela personagens interessantes e um clima de perigo iminente constante.
Eliezer Lugarini | Em 27 de Dezembro de 2023. -
Acho que é a primeira vez que o KMF troca seu típico "panfletarismo" de esquerda por pessoalidade ,e claro que assim sendo, consegue um entregar um filme que me agrada, afinal de contas pouco me importa a posição política de um cineasta ou de um artista. Quando avalio arte prezo por encontrar a alma do artista. Há um pouco de Panahi aqui, muito de Tsai Ming-liang e um sentimento notório da decadência das grandes cidades brasileiras.
Eliezer Lugarini | Em 27 de Novembro de 2023. -
Poxa vida, não sei explicar ao certo o que foi que me distanciou. As típicas atuações over nos filmes de carlão sempre me pareciam intencionais, mas aqui o Selton Mello derruba isso quando tenta atuar bem, logo o sentido de farsa acaba se perdendo naturalmente. Personagens em excesso me tiraram o foco ou nem conseguiram me conectar ao que deveria ser o foco da discussão que é o eterno embate entre classe. Salvou-se o "Recomeçar".
Eliezer Lugarini | Em 27 de Novembro de 2023. -
Fazia tempo que não me deparava com um filme tão emotivo e por emotivo realço a ausência de dramaticidade que Wells impõe em seu filme. Não há crise, nem dilema, quanto menos mensagem. Um filme de crônica, de um momento, de uma nostalgia , impregnado de uma pessoalidade tão acachapante que fica difícil não se emocionar. Talvez falte ao filme de Wells uma cadência mais dinâmica, mas sobra em delicadeza e honestidade.
Eliezer Lugarini | Em 17 de Outubro de 2023. -
O aspecto visual é o ponto alto de um filme de roteiro pobre, personagens chatinhos e dilemas insossos que servem mesmo é para recriar um mundo de nostalgia para fâs do game. Para fãs de cinema mesmo, é um produto irrelevante e nem tem lá muita graça; Logo é um belo merchan para novos joguinhos e boa bilheteria.
Eliezer Lugarini | Em 16 de Outubro de 2023. -
Inegável seu poder como construção de misè-en-scene trazendo muito do que se pensava do cinema dos anos 60, tem um bocado de influência visual em O Terror das Mulheres por exemplo e lembra porque não o mundo cor de rosa de Demy em Guarda-chuvas do amor ou mesmo Duas Garotas romanticas. Mas seus méritos acabam aí, já que o libelo feminista é histérico , distorcido e promove muito mais uma guerra entre sexos do que propriamente uma discussão válida.
Eliezer Lugarini | Em 16 de Outubro de 2023. -
Visualmente é algo assim pavoroso. Uma pena que nova geração de cinéfilos tenha que se acostumar com este tipo de trabalho visual poluído, artificial e plastificado . Sinceramente não sei a quem isto poderia agradar. O trabalho musical também é ruim , o que me impressiona pois Lin MIranda costumava entregar boas peças musicais, mas aqui até a belíssima canção do caranguejo foi assassinada. E mais 2:30 hrs de filme para um fiapo de estória, logo não dei a mínima para boa parte do filme.
Eliezer Lugarini | Em 03 de Outubro de 2023.