Lupas (440)

Apesar do discurso interessante soar de forma superficial, Becker nos trás uma visão do que o cinema pode fazer em um curso de metalinguagem pouco instigante mas muito curioso, onde o teatro das ilusões transforma até a Coca-Cola em empresa socialista...

A engranagem demora para finalmente, rodar com normalidade, mas depois tudo flui normalmente e transforma cenas bem típicas ao modo mais cômico e panaca que poderia ser. Porém, é a prova de como uma falta de sensibilidade na direção pode afetar um filme..

Trata-se de uma história que pretende partir para algo mais profundo mas fica raso nas suas ideias e ao transmitir em tela não temos muita coisa diferente. Mas no cenário atual, é um filme importante de se ver e interessante, mesmo que fique na intenção..

Se no primeiro curta, Sganzerla une a metalinguagem com o marginalismo e o seu cinema, aqui, vemos um Sganzerla que demestifica o mundo dos quadrinhos com a sociedade de forma maravilhosa e sua influência no cinema. Criando a oitava arte..

O retrato do homem paulistano nos anos 60, o começo da marginalidade perfeitamente fundida com o preto-e-branco onde; Sganzerla discuti o cinema na visão de dois homens representando a sociedade e a geração que só vai ao cinema, mas que não o enxerga...

É charmosa e o humor negro reina, uma pena que caia nos estereótipos de outras almofadinhas, genéricas e que acabam caindo no ridículo na sua prórpia ridicularização que faz de tudo. No fundo não passa do mesmo...

Vale pelo menos para usar o dvd como frisbe..

São poucos os diretores que conseguem sair da mesmice, mas ainda quando o assunto já foi tão triturado e criou quase que um único jeito de existir. Caricato, sem expressão única e com a intenção unicamente em criar algo novo, infelizmente mal executado...

Hora pula para um lado de animação Tim Burton e hora pula para uma animação convencional. Mas no fundo mesmo é caricato, sem exploração e muito chato de se ver, mas vale por traduzir tão bem a sua mensagem em ângulos no mínimo curiosos de se ver...

Apesar da chatice e mesmice da sua perfeição irritante e previsível, é apenas um curta da Disney que de qualquer forma esboça um belo branco-e-preto fundido com um visual que parece ir hora para 2D hora para o 3D, além de claro, ser bem divertidinho..

Interessante o uso da câmera sob os objetos e a transformação peculiar de outras formas totalmente opostas que cada um deles vai adquirindo. Embora isto, não seja nada espetacular, é um interessante exercicío metamórfico básico e criativo. Bem divertido..

Apesar de ter cenas bem engraçadas que remetem o cinema norte-americano, cai facilmente no ridículo e satirizar de forma bem gratuita o trabalho de Michael, sem falar que Nielsen poderia ter ficado sem essa, mas nem se suja já que aparece rapidamente...