Lupas (217)

O cinema ainda precisava andar, todavia seu engatinho era dourado e bem colocado, pode parecer hipocrisia mas que seja se for bela.

O maior sentimento de meta-linguagem que um diretor poderia ter, ufanismo a sua profissão ainda não é um clichê odiado.

Viva toda sua cáustica e fulgor, o ego é a vela que se deve acender quando há clarão.

Nada poderia envolver a obra como algo sacioso, é incipiente, falha e nada divertida.

a trupe italina se une, intacta, doce, mas ainda pouco envolvente.

Algumas descendências disso mistura-se com o aterrorizante Fulci, enquadrando mesmo assim Romero numa originalidade mega interessante.

Romero não se enquadra ainda como um grande mestre do terror, como várias vezes quase passou a sê-lo, mas sua insistência brilha no suor e interessante.

Eis aqui um dos júbilos talvez inspiradores para o "trashismo" decorrente do terror-horror nos próximos anos, gerando grandes como Fulci e A. Romero.

Os mestres atemporais do cinema unem um grande laço, mas nada empírico, glorioso, histriônico ou avassalador, algo gostoso e maravilhoso!

A idéia é boa, mas inconsistente, não basta só ela, precisa-se de um bom miolo, nata crítica enfadonha.

Seu roteiro não encara uma criatividade de mestre, todavia a história oferece uma bandeja bem requintada.

Já se viu algumas tendências parecidas décadas depois, mas não existe uma Dietrich que convença como esta.