Lupas (1805)

O filme debocha um pouco da caipiragem do velho oeste e estraçalha com o esnobismo aristocrata dos ingleses, mas no fundo é uma bela comédia de costumes que estima alguns valores da civilização americana.

Um ou outro bom momento, mas a própria premissa e o desenvolvimento megalomaníaco (com digressões desnecessárias) irritam tremendamente.

https://letterboxd.com/timeistheking/film/100-horsemen/

O filme se apoia no carisma do divertido e exagerado Woody Harrelson, a direção é dentro do padrão espetáculo das grandes produções de 80 pra cá. Vale como curiosidade, o personagem é razoavelmente interessante.

Dramas existencialistas recheados de culpas burgueses proliferararam depois dos anos 60 e continuam sendo explorados a rodo (de 2000 em diante houve um boom hollywoodiano, sempre com ideologia "progressista" por trás). Esse aqui me parece um acerto, já que Bertolucci não soa acadêmico, oco, invasivo ou transgressor (há sim um toque de Antonioni). Filme que flui de forma agradável (trilha bem incorporada), o vazio existencial é compreensível, a Asti arrebenta (mt sedutora) e o climáx é ótimo.

A história é bem boa, mas o documentário é enlatado da Netflix.

Arrojado, bonito, criativo, frenético, divertido, um filme que tbm registra o espírito cultural e a efervescência pop dos anos 50. Romance que flerta com o musical, a screwball comedy, os filmes mafiosos e ainda tem um dos finais mais belos e bem bolados da história, um espetáculo!

Bom slasher, antenado tbm sem soar intrusivo!

Boa ideia pra um terror, a história se desenvolve de forma razoavelmente competente, mas não empolga.

A atriz é um achado e parece engolir o próprio filme, tirando isso tem umas referências interessantes, é um horror psicológico pop (em certos aspectos o hype do filme me lembra um pouco o hype de Drive - outro estudo de personagem perturbado e violento, mas no cinema de ação - prazer superficial, ainda que o cinema do West me agrade mais do que a obsessão indie estilizada de Nicolas Winding Refn )

Não entendi o porquê do De Palma fazer esse filme, tbm não tinha tanto interesse em assisti-lo, mas a crítica negativa do Bruno Andrade atiçou a minha curiosidade até por conta da admiração que tenho pelo diretor. Fazia MT tempo (mais de ano, tlvz dois?) que não via nada dele, esse daqui tem bons momentos na meiuca, mas é destoante, as reflexões soam mais do mesmo, cinema menos autoral e o J Fox com cara de colegial yuppie no papel do protagonista amargurado. OK pra bom.

O filme tem indagações e um ponto de chegada interessantes, mas meu interesse na obra e no seu desenvolvimento foi menor do que o esperado. Toda essa descrença na humanidade e discurso prolixo tbm cansam...