Lupas (1805)

Homenagem pueril e elegantinha (a fotografia é bonita msm) ao expressionismo alemão e a cineastas europeus distintos em mais um filme médio e um tanto deslocado do Woody Allen.

Um filme menor do Lang é melhor que a maioria dos filmes de outros grandes cineastas.

Divertido demais como quase toda a fase holandesa do Verhoeven! Jovial, irônico e iconoclasta, sem jamais soar como birra adolescente ou imersão autoral acadêmica (algo comum em certos filmes contemporâneos dele e de outros cineastas).

Um Verhoeven que comete uma ou otra derrapada e está enlatado pra um circuito de arte um tanto mais histérico e pseudo-transgressor. Blasfemias à parte é filme bastante superior a Traição (esse sim de loonge seu pior) e em seus melhores momentos resgata algo de Buñuel (o início é ótimo e ganha na irônia e humor negro). O final catártico e fulleriano ainda me pareceu interessante, o difícil foi aguentar certos momentos monotemáticos e maliciosos até lá, além da amoralidade adolescente...

Filme médio, um tanto mais seco e frio (interessante observar como o Fassbender - ator que nem curto muito - combina com o Fincher) do que outros exemplares do cinema de ação. Alguns dos diálogos finais, bem como a falta de tato social e noção de um dos antagonistas (ricaço delegador de função), criam uma certa justificativa autoral pra obra que é eficiente e razoavelmente agradável (abaixo tbm do que Cruise e Reeves andam protagonizando no mainstream).

Filme genérico do Hill (uma constante na carreira), mas a dupla principal é legal (Eddie Murphy, quase sempre engraçado e carismático, ainda se tornaria um ícone dos anos 80!)

Passeio cultural pela violência urbana entre adolescentes imbecis e por um visual futurista horroroso (embora condizente com outros filmes americanos da época). Se viorou cult anos 70/80 que seja visto como apenas uma curiosidade daqueles tempos...

Climão de que tudo pode acontecer, grandes perseguições de carro, um tremendo personagem sem destino e com a energia muito bem canalizada. O pôster é um show à parte, sem dúvida um dos mais legais e com pitada noir.

Tem muita coisa boa nesse filme, a começar pela escolha de elenco e premissa inicial, mas até o final bastante bom me parecia uma obra de segunda linha pra lá...

Pau quebrando entre a mulherada (rivalidade, rancor, ódio estético) em um filme que hoje seria achincalhado, embora tenha sim momentos dignos de Fulci e lembre bastante outro mestre italiano, no caso Argento.

Filme da Lawrence, um pouco com cara de comédia do fim dos anos 90 e, consequentemente, sem o charme dos besteiróis e romances oitentistas (melhor fase desse filão). No fim pode se agradável...

Mais contido e frio que outras obras do Fassbinder, com uma referência francesa forte. Passa loonge dos meus favoritos, quase todos intensos nos conflitos e extremamente emotivos (os melodramas ala Sirk e os romances, tanto os existenciais, quanto os de época - bom, é o que me lembro, fazia tempo que não via nada do alemão). Consta que os filmes mais experimentais do cineasta costumam me agradar menos...