Lupas (1805)

Bergman quase nunca me agrada completamente, bonito retrato da juventude sueca meio perdida, há até uma pontinha de cinema neorrealista (embora distante e distinto dos italianos). E é isso...

Não é dos melhores do diretor austríaco (muito pelo contrário), mas há uma grande perseguição ali quase pro final, flertes interessantes e um casal onipotente em cena.

Jane Russell movendo todos os mundos, western tortuoso e preciso do Dwan.

É ruim pq não há reflexão e nem qualquer tipo de sátira engraçada, construção narrativa. É um filme que pega os bonecões de posto, aqueles sociopatas desajustados que atrapalham a sociedade contemporânea, e aproveita pra criticá-los num ritmo de reality show resumido. Ruim, bobaço, cinicamente avacalhado (o que despista eventuais críticas).

Último filme de um ator enorme, trágico personagem noir. Drama sempre tenso, com trama que aposta recorrentemente nas escolhas emocionais mais pesadas (e não em uma narrativa mais racional, cadenciada e reflexiva).

O filme tem alguns momentos mais rudes e a utilização das personagens femininas seria polêmica hoje em dia (lembrando que os vilões tbm são todos selvagens), de resto ótimo road movie e bom cinema de ação.

Um filme besta e canastrão focado na dominação masculina, podia ser pior se insistisse mais nos seus chorumes (alguns engraçados) e podia ser um pouco melhor se ousasse no erotismo. Agora, é ruim pra caramba!

Ótimos elementos do cinema de horror fantástico, um mistério que não tenha me pegado de jeito.

O Wan atira pra todo lado e o filme tem certa graça até o pau quebrar num estilo assassinos Creed. Mais do que nunca é pipocão de muita pancadaria, CGI, efeito Matrix, borrões cults ("referências") e delírios espaciais tecnológicos.

É meio retardado, a própria premissa do piscopata garotão e comedor que começa a stalkear e perseguir a vizinha MILF parece meio incoerente. Filme esperto e genérico, nada mais que isso!

Não me interessa muito, mas tem lá seu lado curioso....

Filme de belas tonalidades e ótimos momentos (gosto bastante da cena final), ainda que não me pareça nem de perto um dos melhores do Borzage (cineasta que pede uma abertura maior do espectador ao melodrama o que nem sempre nosso estado de espírito permite).