Lupas (60)
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De uma modernidade ímpar para época, Paisà é literalmente uma viagem na qual o expectador, assim como o país e o povo que o habita que são retratados, é transformado face a miríada de sentimentos e acontecimentos desse momento histórico de viragem do século XX. Certo, irregular entre os 6 capítulos que o compõem, mas definitivo nos seus acertos (capítulos 2 ao 5). Destaque pessoal aos capítulos 2 e 3 pela dramaticidade cinematográfica e roteiro.
Rafael Pereira Pinheiro | Em 16 de Agosto de 2021.
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Assistir esse longa metragem de estréia de KMF após uma familiarização de suas obras anteriores e posterioes engrandece minha percepção do próprio filme e de sua obra como um todo. Nesse circo tipológico contemporâneo, essencialmente modelado nos traços sóciais perpetuados durante a história do país, KMF trabalha a essência da sua de modo contemplativo, como mais um morador dessa vizinhança. A partir daqui, o diretor escolheria seus pontos mais fortes a serem desenvolvidos no seu trabalho.
Rafael Pereira Pinheiro | Em 16 de Agosto de 2021.
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A representatividade da cultura negra é o grande março dessa obra e responsável por todo o interesse e diversão que eu pude ter assistindo o filme. Porém, o roteiro cafona e superficial (conflito de ideias entre pacifistas e révolucionarios, onde claramente existe uma escolha ideológica pelos primeiros, tudo sendo observado pelo salvador branco a espera de estender a mão em forma de ajuda) fazem que ao final o filme não passe de mais um produto comercial Marvel.
Rafael Pereira Pinheiro | Em 11 de Agosto de 2021.
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Coerência não é o que resume o plot do filme, porém é um Verhoeven munindo se de sua estética e ironia para nos mostrar que business, erotismo e sexo pode ser encontrado até em um convento do século XVII. Farsa dentro de uma farsa, insanidade após a loucura, fake until you make it? Deslocado, provocativo, o mesmo tipo de distração que podemos sentir ao ler esse tipo de notícias nos jornais
Rafael Pereira Pinheiro | Em 08 de Agosto de 2021.
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"E no final podemos ver que pessoas solitárias são sempre iguais" Primeiro contato com a filmografia de Wong, esse retrato sobre solidão, decepções e as vontades que nos levam a esses resultados. Magnético, hipnótico, rítmico (sugestão através de uma fala > resultado da ação), tudo o que está em tela aprofunda a reflexão da situação física/emocional dos personagens (metáfora das cataratas, ângulos de câmera, cenários caustrofobicos, tango - danças e musica). Uma pequena obra prima.
Rafael Pereira Pinheiro | Em 08 de Agosto de 2021.
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Estranho, imersivo, as vezes cômico, roteiro simplistico, visualmente complexo. Adjetivos que ñ costumam descrever um mesmo filme, mas que servem perfeitamente para a opera de Carax. Driver é seminal, Cotillard impressiona ao dar voz à uma cantora lírica, Annette, fio condutor da verdadeira da história desde sua entrada em cena, é hipnótica. Porém as músicas excessivamente auto explicativas e a falta de interações entre os pers. secundários, tornam difícil uma conexão mais profunda.
Rafael Pereira Pinheiro | Em 07 de Julho de 2021.
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Mesmo com seus 60 anos, assistir esse filme nos tempos atuais ainda soa como uma brisa de verão: fresca, reconfortante e o qual se aprofunda nas memórias com o florescer dos sentimentos que nos faz sentir. Grande trunfo da direção, que em minuto algum não deixa de inovar. Certo, algumas futilezas da personagem principal no distância ora ou outra, só para nos repescar a atenção no capítulo seguinte, seja com as imagens, seja com o diálogos, seja com a rima entre os dois.
Rafael Pereira Pinheiro | Em 30 de Junho de 2021.
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Um Frances Ha à francesa, menos inspirado, mais ainda com o mesmo charme
Rafael Pereira Pinheiro | Em 17 de Junho de 2021.
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Nos seus dois terços iniciais, é uma brisa fresca no fim de um dia cansado de trabalho, nos permitindo refletir sobre a vida, os sonhos idos e futuros. Mesmo com uma perda de energia na parte final, o filme continua sendo um inteligente recorte de uma geração que não pode se assumir publicamente.
Rafael Pereira Pinheiro | Em 17 de Junho de 2021.
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Um filme de detalhes e escolhas inteligentes (as ditas vinganças, o figurino, maquiagem). Um roteiro que ao mesmo tempo te frusta (é só isso que ela vai fazer?), te surpreende na tomada seguinte, pois nesse filme quem decide o que fazer e como fazer é Cassie (personagem de Mulligan, que canalisa uma energia impar e dá unicidade e profundidade bem vindas ao papel). Um filme feminino. Que usa de recursos de um thriller para construir uma deliciosa comédia satírica.
Rafael Pereira Pinheiro | Em 05 de Junho de 2021.
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"Brady: You know, Lilly, I believe God gives each of us a purpose. Lilly: Very true. Brady: To the horse, it's to run across the prairie. For a cowboy, it's to ride."
Rafael Pereira Pinheiro | Em 26 de Maio de 2021.
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Apesar de Zhao se interessar por estilos de vida (marginais, esquecidos, a deriva), seus filmes são centrados nos indivíduos, onde para cada personagem o mesmo cuidado será dado. As imagens feitas por Zhao, câmera na mão, personagens centrados e entardeceres transcendem e marcam nossos olhos, nossa memória, como as experiências de seus personagens. McDormand como sempre domina sua arte e a cataliza numa atuação impactante. A cena final, releitura da feita em The Searchers, memorável
Rafael Pereira Pinheiro | Em 26 de Maio de 2021.