Lupas (326)
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Mojica comete grosseiro exploitation vingativo. Sua versão das elites é debochada e escrota. São eternos vagabundos ricos em busca de curtição e violência. Contemplando seu universo com altas doses de Whisky em copos de goiabada. Fruto da falta de recursos do diretor no período. Cinema de honestidade perversa dentro duma realidade exagerada. Máximo usufruto de frases feitas para a nossa diversão. Peca no esticamento de baladeira no romance, mas acaba redimindo-se com seu final cínico e doloroso.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 02 de Dezembro de 2020. -
Cagão ao ponto de não culpar ninguém, como se nenhum desenvolvedor houvesse pensado nas consequências do que criavam, que se assumem como vítimas da ignorância e não culpados pela esculhambação. Esquema do cara que criou a cocaína porque dava um barato e não sabia que matava. Aposta na culpabilidade lá pra frente do material, falando de grandes empresas (de forma bem genérica) para não passar em branco na questão. Vale pelo didatismo e alerta da situação. Só.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 07 de Novembro de 2020. -
Erra a mão bonito na renovação da nostalgia. Sem o mesmo clima nonsense inocente e imbecil que divertia a galera. Aqui temos uma forçada de barra que não consegue avacalhar o suficiente no seu exagero, e acaba por ser comportada demais. Mesmo com as presenças nostálgicas de vários atores não cola, isso funciona como leve bálsamo para lembrança de um material perdido.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 07 de Novembro de 2020. -
Viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, música, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, música, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, música, viçagem, droga, viçagem, música, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, música, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, música, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem, música, viçagem, droga, viçagem, música, viçagem, droga, viçagem, droga, viçagem...
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 27 de Outubro de 2020. -
Bang Bang. Desgraça. Continuidade desconstruída. Formalismo e radicalismo. Conteúdo e pura esculhambação. Pereio. Quarta parede. Dane-se. Cinema. Bang Bang. Sem fechar ciclo. Processo. Dane-se de novo. Cinema.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 30 de Setembro de 2020. -
Conflito geracional em pauta. O blaxploitation ainda resiste? Altamente incorreto em seus ensejos do humor, o que não deixa de ser um sopro de curtição mediante os tempos de moralismo e lacração que nos acometem. A intenção aqui é contrapor o velho e o novo com seus defeitos e qualidades, mas no fim das contas apela para o nostálgico sensacionalista escroto e exagerado. Os personagens são ótimos, a história é fuleira.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 20 de Agosto de 2020. -
Peba. A estupidez da preguiça misturada com a falta de competência. Manja-se ordinariamente como um material de vingança violento com tiques de Sci-fi. Algumas escolhas e movimentos de câmera são até divertidos, mas quando busca montar algumas sequências mais complexas, acaba por melar a vara. Falta know-how mesmo.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 19 de Agosto de 2020. -
Formulaico e preocupado com a discussão que enseja. A história em pauta. Objetivo quando necessário na figura de Wilkinson. Material importante em tempos de negacionismo estupidificante. Aprendam com a história e diminuam a jumentice tão espalhada.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 28 de Julho de 2020. -
Filme de monstro valendo. Com personagem humanos por vezes indecisos, pero no mucho, e com um desenvolvimento dos mesmos satisfatório pra servir ao destroço do que interessa: Luta de monstros. O cacete é bem engendrado, filmado e montado de tal maneira que mantém a tensão e o tamanho da destruição e conta com duelo final acachapante. "Ain mas os personagens são ruins....." Aí dentro.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 16 de Julho de 2020. -
O horror cósmico como catalisador do esculhambatório a desestruturar uma família mental e fisicamente. Nicolas Cage alopra em seu operático encarnando perfeitamente o esquema de sujeira colorida proposto. Não inventa a roda, mas manja bem um body horror decente quando quer.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 11 de Julho de 2020. -
México retratado com aquele filtro verde lodo a demonstrar seboseira como se esta sempre viesse de fora dos EUA. Roteiro estúpido e genérico até o talo. Stallone ainda muito afim, e sabendo lidar com as suas próprias escolhas de escrita com um personagem que conseguiu alguma paz por um tempo, mas precisa soltar a fera novamente. E é na violência que o filme funciona bem. O auge disso foi ver Rambo destroçado brutalmente corpos ao som de "Five to One" do The Doors. Mais dialético impossível.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 03 de Junho de 2020. -
Abraça com gosto o sabor de sangue do torture-porn que ajudou a criar lá atrás, e distancia-se um tanto do estupendo caráter escalafobético dos discursos de outrora. Excelente apuro visual no usufruto das cores ao montar um esquema de brutalidade do horror tendo agora a favela como mocó. Fita de resistência final dum cineasta sagaz que lutara pra fazer sua fuleiragem na base da pura porradaria.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 22 de Maio de 2020.