Lupas (249)

A melancólica alegria do triste palhaço...

É tão lindo, tão poético e tão bem feito que não tenho palavras para dizer o quanto gostaria que a Pixar aprofundasse sua arte nos curtas-metragens.

Um filme tocante e encantador. Um filme lindo que te faz querer viver.

A lógica de Charles Chaplin é irrefutável nesse filme em que ele não só consegue divertir, alegar os corações das pessoas, mas alertar e criticar esses tempos modernos cujo desenvolvimento não é apenas bom e que nem trouxe apenas benefícios.

Tem uma visão meio simplória da criação histórica do Nazismo e do holocausto (ignora questões políticas e econômicas, sempre levando em conta aspectos psicológicos individuais e de massa), mas, dentro de suas limitações, sai-se extremamente bem.

Tomara que a próxima geração de filmes para a sessão da tarde siga a mesma linha de Moonrise Kingdom [cujo título em português deve ser a tradução literal - Império do Nascer da Lua], um filme com alma e espíritos verdadeiros no que propõe.

Talvez eu não estivesse completamente preparado para uma surra cinematográfica, mas recebi-a com paciência e interesse, e esta fez o meu dente canino cair, pois foi durante o filme que vi um mundo de terror, cru e primitivo.

"girl, you'll be a woman, soon..."

"and it is finally I decide that I'll be leaving in the fairest of the seasons".

É levinho, gostosinho, bonitinho, agradavelzinho, e muitos "inhos" num filme acabam o tornando fraquinho.

Ótima adaptação do romance de Clarice Lispector, com uma ótima interpretação da atriz que faz a Macabéa, apesar de a história não me agradar tanto e da Mercedes não ser amarela.

Uma colcha de retalhos da filmografia fincheriana: tem as melhores características de suas obras, mas também, os mesmos defeitos.