Lupas (178)

Chatice

Tem seus melhores momentos quando consegue explorar os questionamentos tristonhos do trio principal, com as ótimas atuações de Laurent, Plummer e principalmente McGregor. Porém acaba se perdendo em meio a uma panfletagem que soa gratuita e desnecessária.

Além do desenvolvimento lerdo e precário, a trama em si é completamente desinteressante, fazendo com que a tensão (principal trunfo do anterior) seja posta de lado. Em um fraco trabalho de James Cameron, Aliens virava um video-game cinematográfico.

Um episódio tão importante tratado sem o brilho necessário, que fora praticamente exigido pelos longas anteriores. Tudo em função de vários fatores, mas principalmente a ausência de J.Cameron e a terrível (horrorosa) escolha de Nick Stahl como John Connor

Cameron entrega o melhor de toda a franquia, ao inteligentemente interligar as grandiosas cenas de ação com um roteiro repleto de entranhas eficazes, como a crescente liderança de John Connor e sua relação ímpar e humanitária. Mais uma vez, marcante.

Apesar da estrutura interessante, e até certo ponto bem executada, peca por, a partir do momento em que se estabelece como um drama, deixar de flertar com o público, fundamentando-se como um longa nada atraente, ou seja, sem atingir todos seus objetivos.

Donner consegue equilibrar da melhor forma possível todas as frentes que a franquia se propunha a atingir (comédia, dramaticidade e claro, ação). Mesmo que exagere em sua comédia (não tanto quanto o anterior) reflete o cinema pipocão e imperdível da época

Possui uma metade inicial excelente, sendo assim, é uma pena que extrapole em sua comicidade ou em cenas típicas de exemplares fracos do gênero - cara armado que prefere uma luta braçal... Com tudo, um bom longa de ação.

A leveza com que Borensztein consegue conduzir sua peculiar e tocante história ganha vida graças a mais uma atuação maravilhosa de Ricardo Darín, que com seu personagem rabugento, solitário e metódico, estampa da melhor forma possível esse belo conto.

Tem bons momentos, mas jamais consegue empolgar, seja pelo ritmo arrastado, ou pelas piadas que com o tempo, acabam caindo em um padrão estabelecido pelo próprio filme.

Joel Schumacher dá um mínimo sinal de vida ao conseguir segurar boa parte do longa. Entretanto o excesso de sub-tramas e personagens dispensáveis (Jordana Spiro) - que claramente surgem como uma tentativa em humanizar (?) os ladrões - são pífias.

Niccol cria um ambiente espetacular, com detalhes sociais que se estampam em sua direção. É uma pena que o longa vá perdendo força em sua metade final graças a um desvio de sua trama, escolhendo um caminho -irritante- romântico, destoando do restante.