Dez anos se passaram e chegamos ao fim. Todos nós (fãs) sabíamos que esse dia chegaria e que mais cedo ou mais tarde teríamos que dar adeus. Mas o fim nunca é fácil, principalmente depois de passados dez anos. Depois do deslumbramento ao ver Hogwarts ser tão bem caracterizada, depois de ver nossos mais queridos ou odiados personagens serem passados para a tela beirando a perfeição (tendo aqueles, mesmo que muito poucos, estando realmente perfeitos)... Enfim, depois de tantos risos, tantas alegrias, tristezas e com elas as teimosas lágrimas o fim chegou!
A missão de Harry nessa segunda parte era terminar, logicamente, o que havia se iniciado na primeira: a procura e destruição das horcruxes, objetos que contém partes da alma de Voldemort, o vilão que atormenta o protagonista desde seu nascimento (praticamente). Mas ele não conseguiria nada disso se não estivesse cercado de amigos, sendo dois que estiveram desde o começo, há dez anos: Rony e Hermione.
Não é possível dizer que o filme é perfeito (até porque o meu preferido – livro e filme – é o terceiro: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban), mas com certeza é o mais emocionante e bem feito de toda a série. Desde a primeira cena (que, aliás, é exatamente a ultima do filme anterior, HP 7.1) é possível ver que esta ultima parte foi feita com o coração, sangue e vísceras (segundo Emma Watson, a Hermione) de todo o elenco e produção de uma forma geral.
O que é apresentado na tela, visualmente falando, foi tão bem feito (seja fotografia e efeitos - e que efeitos!) que ignorar esse fato chega a ser um crime. Cenas como o assalto ao banco Gringotes e os feitiços sendo colocados para proteger Hogwarts são realmente espetaculares. Claro, existem aqueles (como o próprio Gringotes) que foram pensados exatamente para ficar lindos em 3D, mas nem assim a magia deixa de aparecer.
Existe uma cena em especial que não aparece no filme não sei por qual razão, mas que me deixou realmente decepcionada (eu não ter dado dez foi justamente por isso). Entendo que passar tudo que está num livro para um filme com menos de duas horas e meia é difícil, mas para quem não leu realmente vai ficar difícil de entender.
Outras duas cenas a serem comentadas são a morte da ‘cobra-horcrux’ nagini e a tão esperada batalha entre o herói Harry Potter e Voldemort, ambas muito superiores ao que está no livro (J.K que me perdoe). Os efeitos ali (novamente feitos principalmente para o 3D) são incríveis e coisas que não haviam a parecido, pelo menos neste nível, em toda a série. É, a parte técnica também cresceu, assim como seu elenco.
E por falar em elenco crescido, não poderia deixar de citar o principal trio: Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson. Os três novamente representando muito bem o seu papel, sendo Rupert, em minha opinião, sempre o melhor. Daniel realmente cresceu bastante se comparado há dez anos, mas ainda assim existem momentos (são poucos, mas existem) em que ou ele deixa a desejar como ator ou como o próprio Harry (em comparação com o livro). Emma está ótima, assim como na primeira parte. É notável que o foco esteja em Harry (ou seja, Daniel) e que Rony e Hermione são às vezes esquecidos um pouco, mas nada que afete seriamente no resultado final.
Falando ainda dos atores, mas mudando para o elenco adulto, o destaque vai para Helena Bonham Carter e Alan Rickman que estão muito bem em seus respectivos papeis. A primeira sendo detestada ou amada está, como sempre, interpretando de maneira espetacular a louca e imprevisível Bellatrix Lestrange (e a cena do Gringotes é uma das mais engraçadas de todo o filme). Já o segundo conseguiu incrivelmente me surpreender com a sua atuação. Alan sempre foi um dos poucos perfeitos personagens colocados na tela, mas aqui tenho que admitir que ele se supera e que ver as lembranças de Severo Snape sendo colocadas tão magnífica e emocionalmente na tela foi de fazer chorar (a mim e a quase todos que estavam na sessão).
Falo aqui como uma verdadeira fã que sente que toda a encantadora historia de Harry Potter foi, sim, colocada quase que perfeitamente nas telas em todas as oito produções. Cenas que ficaram melhores no do que no livro, cenas que estão no livro mas não aparecem no filme (tendo uma delas que me deixou muito triste por não está), mas cenas que ficaram marcadas na minha memória sempre. Harry Potter é e vai continuar sendo um dos maiores (e o maior desta década) espetáculos cinematográficos.
Fico grata por dez anos tão cheios de magia.
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