Acabou. Pelo menos tecnicamente. Harry Potter acaba sua história em um capítulo final extremamente emocionante que transborda sentimento.
O filme começa de onde parou. Exatamente. E já no seu início mostra as suas personagens principais com um tom em meio a grande tempestade que se aproxima, e essa característica que o diretor David Yates explora em todo o filme, e que diferencia seus Harry Potters de muito blockebusters: Seus personagem. E desde desse belíssimo início até o último plano, são eles que são importantes, já que estes provam ser a grande força da série.
O filme corre em seu primeiro ato. Mesmo assim, o ritmo é extremamente natural, permitindo que uma terrível criatura tenha uma maravilhosa veia emocional. O primeiro ato é extremamente bem sucedido em criar uma ligação entre a primeira parte e a segunda, e o roteirista Steve Kloves nos faz relembrar do necessário sem didatismo.
E quando o longa e o trio principal chegam a Hogwarts (Esta deixando de ser um refúgio maravilhoso, se tornando aqui em uma espécie de reformatório militar), o filme realmente toma forma, e Yates mostra um talento memorável pra apresentar o pânico, a tristeza, a guerra e a morte com pequenos momentos de humor.
E quando a guerra se inicia, heróis aparecem, segredos são descobertos e amigos são perdidos, e com um primor técnico de se admirar, Harry Potter não cai na armadilha das batalhas a lá Transformers, cada ação tem uma reação emocional dos personagens, e é nesse momento que as melhores atuações da série se revelam.
Daniel Radcliffe consegue novamente evoluir como ator, carregando o filme nas costas, com cenas extremamente impactantes, o rapaz responde altura. Emma Watson e Rupert Grint estão convincentes, e finalmente Rony e Hermione finalmente reconhecem o amor que um tem pelo outro. O elenco jovem funciona maravilhosamente, sendo os destaques Mathews Lewis como o corajoso Neville e Evanna Lynch como a encantadora Luna.
Mas o elenco adulto se mostra ainda mais impecáveis, mesmo que alguns só façam pontas. Maggie Smith traz a força que Minerva McGonagall sem demonstrou ter, Ralph Fiennes dá uma complexidade ainda maior ao vilão, Lord Voldemort, mas é Alan Rickman , em uma atuação estupenda que tem o melhor papel do filme, com uma seqüência extremamente emocionante e que traz uma complexidade a seu personagem e a série que nem pode ser medido.
Algumas cenas falham em não ter emoção necessária, principalmente uma que se passa numa espécie de “limbo”, que é decepcionante. Mas essa falta de emoção passa despercebida diante de sequências de chorar como um intenso flashback ou algumas mortes de personagens queridos.
No final, David Yates consegue escapar de um clichê, não acabando a série com tomadas séries, mas sim com um maravilhoso plano dos personagens principais. Eles são a força da série. E essa força, viverá para sempre.
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