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BBC elege os 100 melhores filmes dirigidos por mulheres

A BBC Culture lançou um editorial que elege os 100 melhores filmes dirigidos por mulheres de todos os tempos. Para isso, a editoria do veículo inglês selecionou 368 críticos de 84 países, sendo 185 mulheres (decisão que já gera discussões), 181 homens, uma pessoa não-binária e uma outra que preferiu não responder. Cada pessoa listou seus 10 filmes prediletos, o que resultou numa lista total de 761 longas-metragens votados.

E o grande vencedor foi O Piano, que é também o único vencedor da Palma de Ouro em Cannes dirigido por uma mulher, Jane Campion. Em seguida veio Cléo das 5 às 7, da recém-falecida (e já saudosíssima) Agnès Varda, diretora mais popular da lista, com 6 filmes no Top 100. A cineasta francesa é seguida por Kathryn Bigelow, Claire Denis, Lynne Ramsay e Sofia Coppola dentre as mais votadas. Jeanne Dielman, de Chantal Akerman, fecha o pódio.

No site da BBC Culture, aqui e aqui, você confere as listas individuais de todos os votantes, dentre os quais se incluem sete jornalistas brasileiras   e brasileiros. Abaixo, a lista completa com os 100 melhores filmes dirigidos por mulheres. Mais abaixo, comente o que acha da lista e compartilhe o seu próprio Top 10.

  1. O Piano (Jane Campion, 1993)
  2. Cléo das 5 às 7 (Agnès Varda, 1962)
  3. Jeanne Dielman (Chantal Akerman, 1975)
  4. Bom Trabalho (Claire Denis, 1999)
  5. Encontros e Desencontros (Sofia Coppola, 2003)
  6. As Pequenas Margaridas (Věra Chytilová, 1966)
  7. Guerra ao Terror (Kathryn Bigelow, 2008)
  8. Toni Erdmann (Maren Ade, 2016)
  9. Fish Tank (Andrea Arnold, 2009)
  10. Filhas do Pó (Julie Dash, 1991)
  11. A Ascensão (Larisa Shepitko, 1977)
  12. A Hora Mais Escura (Kathryn Bigelow, 2012)
  13. Os Renegados (Agnès Varda, 1985)
  14. Caçadores de Emoção (Kathryn Bigelow, 1991)
  15. O Pântano (Lucrecia Martel, 2001)
  16. Wanda (Barbara Loden, 1970)
  17. Pasqualino Sete Belezas (Lina Wertmüller, 1975)
  18. Psicopata Americano (Mary Harron, 2000)
  19. Orlando – A Mulher Imortal (Sally Potter, 1992)
  20. As Patricinhas de Beverly Hills (Amy Heckerling, 1995)
  21. Inverno da Alma (2010), de Debra Granik
  22. Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011), de Lynne Ramsay
  23. O Mundo Odeia-me (1953), de Ida Lupino
  24. Lady Bird: É Hora de Voar (2017), de Greta Gerwig
  25. A Casa É Escura (1963), de Forugh Farrokhzad
  26. Histórias que Contamos (2012), de Sarah Polley
  27. Selma: A Luta Pela Liberdade (2014), de Ava DuVernay
  28. As Duas Faces da Felicidade (1965), de Agnès Varda
  29. Um Casamento à Indiana (2001), de Mira Nair
  30. Zama (2017), de Lucrecia Martel
  31. Os Catadores e Eu (2000), de Agnès Varda
  32. O Porteiro da Noite (1974), de Liliana Cavani
  33. Você Nunca Esteve Realmente Aqui (2017), de Lynne Ramsay
  34. O Romance de Morvern Cellar (2002), de Lynne Ramsay
  35. Matrix (1999), de Lana e Lilly Wachowski
  36. Wendy e Lucy (2008), de Kelly Reichardt
  37. Olimpíadas e Mocidade Olímpica (1938), de Leni Riefenstahl
  38. Paris Is Burning (1990), de Jennie Livingston
  39. Retrato de uma Jovem em Chamas (2019), de Céline Sciamma
  40. Meninos Não Choram (1999), de Kimberly Peirce
  41. Cafarnaum (2018), de Nadine Labaki

  42. As Aventuras do Príncipe Achmed (1926), de Lotte Reiniger

  43. As Virgens Suicidas (1999), de Sofia Coppola

  44. Docinho da América (2016), de Andrea Arnold

  45. Triunfo da Vontade (1935), de Leni Riefenstahl

  46. Quando Chega a Escuridão (1987), de Kathryn Bigelow

  47. Um Anjo em Minha Mesa (1990), de Jane Campion

  48. Síndrome Astênica (1989), de Kira Muratova

  49. Salaam Bombay! (1988), de Mira Nair

  50. O Mundo É Culpado (1950), de Ida Lupino

  51. Harlan County: Tragédia Americana (1976), de Barbara Kopple

  52. Lazzaro Felice (2018), de Alice Rohrwacher

  53. A Mulher Sem Cabeça (2008), de Lucrecia Martel

  54. O Brilho de uma Paixão (2009), de Jane Campion

  55. Monster: Desejo Assassino (2003), de Patty Jenkins

  56. A 13ª Emenda (2016), de Ava DuVernay

  57. O Babadook (2014), de Jennifer Kent

  58. Procura-se Susan Desesperadamente (1985), de Susan Seidelman

  59. O Longo Adeus (1971), de Kira Muratova

  60. Uma Equipe Muito Especial (1992), de Penny Marshall

  61. India Song (1975), de Marguerite Duras

  62. Estranhos Prazeres (1995), de Kathryn Bigelow

  63. Maria Antonieta (2006), de Sofia Coppola

  64. Domando o Destino (2017), de Chloe Zhao

  65. Sem Rastros (2018), de Debra Granik

  66. O Lixo e o Sonho (1999), de Lynne Ramsay

  67. Os Anos de Chumbo (1981), de Margarethe von Trotta

  68. Amores Divididos (1997), de Kasi Lemmons

  69. The Connection (1961), de Shirley Clarke

  70. Encantadora de Baleias (2002), de Niki Caro

  71. A Concha e o Clérigo (1928), de Germaine Dulac

  72. Filhos da Guerra (1980), de Agnieszka Holland

  73. De Corpo e Alma (2017), de Ildikó Enyedi

  74. Chocolate (1988), de Claire Denis

  75. O Atalho (2010), de Kelly Reichardt

  76. Girlhood (2014), de Céline Sciamma

  77. Tomboy (2011), de Céline Sciamma

  78. A Maçã (1988), de Samira Makhmalbaf

  79. Shoes (1916), de Lois Weber

  80. Quero Ser Grande (1988), de Penny Marshall

  81. Garota Sombria Caminha pela Noite (2014), de Ana Lily Amirpour

  82. At Land (1944), de Maya Deren

  83. Sintonia de Amor (1993), de Nora Ephron

  84. Portrait of Jason (1967), de Shirley Clarke

  85. Uma Canta, a Outra Não (1977), de Agnès Varda

  86. O Sonho de Wadjda (2012), de Haifaa Al-Mansour

  87. 35 Doses de Rum (2008), de Claire Denis

  88. Os Silêncios do Palácio (1994), de Moufida Tlatli

  89. As Praias de Agnès (2008), de Agnès Varda

  90. Picardias Estudantis (1982), de Amy Heckerling

  91. Minha Terra, África (2009), de Claire Denis

  92. Raw (2016), de Julia Ducournau

  93. Marcas da Vida (2006), de Andrea Arnold

  94. Notícias de Casa (1977), de Chantal Akerman

  95. Ritual in Transfigured Time (1946), de Maya Deren

  96. Os Encontros de Anna (1977), de Chantal Akerman

  97. Adoção (1975), de Márta Mészáros

  98. Um Lugar Qualquer (2010), de Sofia Coppola

  99. The Souvenir (2019), de Joanna Hogg

  100. Minhas Mães e Meu Pai (2010), de Lisa Cholodenko

Comentários (12)

Bernardo D.I. Brum | quinta-feira, 28 de Novembro de 2019 - 21:07

Não fiz essa associação no momento do comentário; lembrei disso agora que você postou. Mas mesmo se fosse uma crítica, meu ponto é esse, eu não considero desrespeito criticar a postura dos outros num debate como também não considero o inverso.

Enfim, por causa do tom que empreguei, a crítica pode soar gratuitamente destrutiva, e o ponto original se perde. Explicando: fiquei sem entender a razão de tanta polêmica na inclusão na lista, bem como me perguntei qual a grande interferência que isso gera. E acho, também, que questões que passam longe de serem consenso não deveriam ser tão prontamente respondidas e taxadas como X ou Y.

Bernardo D.I. Brum | quinta-feira, 28 de Novembro de 2019 - 21:19

Sobre o caso Cathlyn Jenner, eu não posso opinar porque eu não sou estudado sobre o assunto e talvez só um comitê desportivo pode resolver isso sobre ele, mas há ao mesmo tempo que há o problema que a Jenner e as Wachowski fizeram as obras enquanto se identificavam como homens, e depois da transição? Sense8 ainda é uma obra de homens ou já é uma obra de mulheres? Aí tudo bem a Laverne Cox ser indicada a Melhor Atriz ou a Tiffany jogar no vôlei feminino na pós-transição? E outra, como se combate o preconceito sem representatividade (dúvida honesta)?

Decerto que a pior estratégia possível na questão identitarista é impôr linguagem à base de pauladas acadêmicas que ignoram inúmeros contextos sociais, porque acaba soando tão agressivo quanto a "novilíngua" da alt-right sobre narrativas e messianismos. Ao mesmo tempo, acredito que a questão não vai ser respondida com um paralelismo, porque passa longe de ser consensual cientificamente, logicamente ou filosoficamente.

Ted Rafael Araujo Nogueira | sexta-feira, 29 de Novembro de 2019 - 17:31

Eu creio que independentemente se, agora serem transsexuais, no período do matrix a matriz (pra ficar divertido) simbólica era de dois homens como diretores. Talvez tenham se encontrado como trans tempos depois, por isso fizeram o processo cirúrgico. Ou então estavam receosos com o tratamento dado a eles caso assim logo o fizessem. Independentemente disso por o Matrix já serve demais pra propor a discussão. A proposta da lista foi filmes por mulheres. Tanto biológica quanto do sentido em ser mulher, no caso trans, em se sentir assim. Não vejo problemas.

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