Em algumas das muitas críticas que li sobre o remake de SEXTA-FEIRA 13, vi muitas afirmações sobre um remake que repete tudo o que já foi visto antes na série, não abandonando os momentos de diversão e nostalgia, que merecidamente vale uma conferida. Aí eu digo: “momentos de nostalgia uma ‘ova’!!!!”. SEXTA-FEIRA 13 (2009) não é nem nada a série cheia de furos e clichês dos anos 80. Por mais que possua todos esses problemas (que em minha opinião não atrapalha em nada a diversão), a série iniciada pelo diretor Sean S. Cunningham é muitíssimo melhor que a refilmagem de Marcus Nispel (O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA, também refilmagem).
Vamos à história; todo fã de terror sabe de cor sobre a história do lendário assassino Jason Voorhees. Jason foi um garotinho triste e de aparência grotesca que supostamente se afogou no lago do acampamento Crystal Lake, devido negligência dos monitores que estavam fazendo sexo na hora do ocorrido. Sua mãe, Pamela Voorhees, era cozinheira do acampamento, e por vingança matou alguns monitores do acampamento. Porém, uma escapa e consegue decapitar a mãe de Jason. E desde esse dia reza a lenda que, vendo sua mãe decapitada, ele volta para aniquilar todos que cruzam seu caminho. E que a cada vez que Jason retorna, ele volta muito mais forte.
Vamos aos fatos, compararmos e vê se a tal versão 2009 de SEXTA-FEIRA 13 ganha em alguma coisa da série massacrada pela crítica especializada e amada pelos milhares de fãs loucos de todo o mundo. Vamos considerar o fato de que a refilmagem emenda os quatro primeiros filmes da série: na primeira parte, e a mais curta, a personagem de Pamela Voorhees é totalmente caricata, não combinando em nada com a do filme de 1980 que por sinal era bem mais realista, depois aparece Jason “criança” recolhendo o colar e a cabeça de sua mãe, no original, a aparição de Jason chega a assustar ao surgir do lago e puxar a mocinha de cima do barco que matou sua mãe; na segunda parte, o saco que Jason usa para cobrir seu feioso rosto é muito fantasioso, parecendo coisa de jogo virtual, o da versão original é muito mais aterrorizador (considero até melhor que a famosa máscara de Hóquei que caracterizou o personagem ao longo de sua carreira), nessa parte também é onde mais aparece violência (facão atravessando crânio, corpo pendurado num saco de dormir e sendo queimado numa fogueira...), mas esperava muito mais pra uma versão feita em plena era em que os recursos do cinema estão muito ultrapassados (a série antiga dá um banho de violência em cima desse remake, a nudez e sexo aqui também são poucos, ganhando só nos palavrões: tipo ‘sair de pau duro’, ‘lamber sua xoxota’); na terceira parte, Jason conhece sua famosa máscara de Hóquei, no original ele simplesmente a pega sem muito drama, nessa refilmagem, ele faz questão de se olhar no espelho – blargh – (ligado a isso, este é o pior ponto filme, Jason aqui é muito mais alto, magro e bem inteligente, ele rapta garotas e usa suas vítimas como emboscada para matar mais pessoas, eu sinceramente senti saudades do forte e burro Jason de antes, que a intenção só era matar e matar); e na quarta e última parte, Jason acaba virando um mero coadjuvante, sendo deixado um pouco de lado, já que quem rouba a cena é o ator famoso pela série de TV ‘Sobrenatural’, Betsy Palmer, aqui ele luta e desafia Jason de forma exagerada diferente do personagem do filme antigo que brigou desesperadamente com Jason num porão e acabou sendo morto.
Por fim, a série de terror famosa SEXTA-FEIRA 13, mesmo com seus velhos e conhecidos erros, ainda se torna bem superior a este filme de 2009 chato, nada original e totalmente desnecessário. Esqueça o recorde de bilheteria do gênero nos cinemas americanos (a produção bateu a marca dos 42 milhões de dólares no primeiro fim de semana de estréia), esses números não quer dizer nada em relação a um filme seco que tentou conseguir se adaptar a uma nova geração teen não muito exigente!!!
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