
- Direção
- Charlotte Wells
- Roteiro:
- Charlotte Wells
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Estados Unidos, Reino Unido
- Estreia:
- 01/12/2022
- Duração:
- 96 minutos
- Prêmios:
- 95º Oscar - 2023
Lupas (13)
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Belo e doloroso. A franqueza com que foi filmado, a realidade das interações entre os personagens faz de Aftersun uma obra que pulsa em nossos corações. Podemos sentir a inocência de Sophie, assim como podemos sentir com muita dor o fardo, que nas entrelinhas, Calum carrega. É esse mix de sentimentos que faz com que o filme vá do lúdico ao trágico, sem falar de fato, mas falando.
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Existe em 'Aftersun' um ambiente emocional persistente que sugere que algo significativo está prestes a acontecer. E acontece mesmo. Um filme que me deixou com a respiração presa o tempo inteiro e eu só pude soltar quando os créditos começaram a subir. E as lágrimas, a cair.
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Há um lirismo fantástico e surreal nos diálogos entre pai e filha, da mesma forma que relata um cotidiano, implicitamente expõe de forma singela a melancolia e complexidade das relações familiares entre famílias separadas, e o mal do seculo, a depressão (eu não percebi, tal qual Sophie quando filmava, só apos ler as criticas percebi)… Baseado levemente na vida, infância e relacionamento familiar de Charlotte Wells… Atuações impecáveis, tudo muito simples e aconchegante, Apaixonante…
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Comecei a ver achando que seria muito chato, mas foi me envolvendo aos poucos com roteiro e atuações mais pé no chão sem cair no pecado de ser expositivo. Final muito bom estilo facada no coração
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Fazia tempo que não me deparava com um filme tão emotivo e por emotivo realço a ausência de dramaticidade que Wells impõe em seu filme. Não há crise, nem dilema, quanto menos mensagem. Um filme de crônica, de um momento, de uma nostalgia , impregnado de uma pessoalidade tão acachapante que fica difícil não se emocionar. Talvez falte ao filme de Wells uma cadência mais dinâmica, mas sobra em delicadeza e honestidade.
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Tentativas de conexão mediadas pela inocência ingênua da criança e a experiência angustiada do pai, e ao mesmo tempo a busca pela compreensão através da memória. Há momentos potentes em meio à outros excessivamente vagos.
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A atmosfera na qual Wells envolve pai e filha remete aos ótimos trabalhos de Sofia Coppola. O que acontece é menos importante do que como acontece e as repercussões daqueles dias na memória de longo prazo da garota. Algumas afetações pelo caminho, porém, diluem um pouco da força da obra e fazem algumas críticas altamente elogiosas soarem excessivas.
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Minimalista, tocante, poético, melancólico, real. "Aftersun" é um retrato bastante efetivo e desconcertante sobre memória, trauma, depressão e relações afetivas (aqui entre um pai em conflito buscando conectar-se com sua filha pré-adolescente, clamando por um propósito ou redenção). Pedro Mescal e Frankie Corio em grandes atuações. Um dos melhores filmes do ano.
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2023 Janeiro - 005
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Por horas parece que não está acontecendo nada no filme, mas está acontecendo tudo. Filme lindo.
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Um trabalho bastante sensível que busca na força das lembranças compreender um futuro que não se cumpriu como poderia, a relação efêmera de pai e filha que deixará marcas, memórias e certamente questionamentos profundos. Parece tudo muito simples, mas nos pequenos gestos reservam um conteúdo bastante complexo.
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Excelente estreia da diretora. Sensível, atuações seguras. Como ponto negativo, acho que podia ser um pouco mais expositivo em relação aos personagens, principalmente do pai (um adulto, portanto com mais "história"), pra ajudar o telespectador na formação daquela personalidade, esclarecendo o passado ou as questões que levaram àquele distanciamento (aparente?) com a filha e àquele desconforto com o mundo. Sou parcial no tema mas.. o cara é gay?
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É de um roteiro de extrema sensibilidade e competência em conduzir o pai e a filha naquele universo milimétrico, com um mise en cene espetacular. O filme basicamente trabalha um drama com suspense, mas por ser minimalista, tornou algumas cenas meio que gratuitas. A jovem está maravilhosa no papel.