- Direção
- Ramin Bahrani
- Roteiro:
- Ramin Bahrani (roteiro), Aravind Adiga (livro)
- Gênero:
- Drama, Policial
- Origem:
- Estados Unidos, Índia
- Duração:
- 125 minutos
- Prêmios:
- 93º Oscar - 2021
Lupas (13)
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2021 Janeiro - 006
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A boa atuação de Adarsh Gourav é o destaque do filme, porque o filme em si é bem mediano. É cansativo em alguns momentos e roteiro e direção não muito são muito bons. Tenta trazer uma reviravolta no final mas é muito pouco. Tem bons momentos, mas fica bem aquém do que podia ter sido.
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A maioria dos personagens principais são rotulados como animais que simbolizam sua natureza. Como Balram, o tigre branco (por ser calculista e perigoso), Ashok, o cordeiro (por ser mole e mimado) Mukesh como o mangusto, e o proprietário como a cegonha.
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Segue a linha já manjada de montagem não linear dinâmica e o narrador brincando com o transcorrer da narrativa. Mas é curioso, tem esse domínio, cresce mais e mais ao longo da projeção e tem uma mensagem escancarada, porém nem sempre tão clara nas entrelinhas. É provocante, afoga-se em hipocrisias e não deixa nenhum personagem sair ileso.
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Baita filme. Daqueles que nos mergulham num espiral de reflexões fundamentais para a compreensão de nossas sociedades atuais. Seja na Índia, seja no Brasil.
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Tenho o livro mas nunca li. O livro, mto premiado, deve ser + interessante, c/o narrador desbocado e + rico de reflexões sobre a sociedade indiana. Essa adaptação parece ok, a história em si já é interessante, c/seus momentos de tensão, aquele padrão Netflix de qualidade, A.Gourav vai mto bem em dar vida a Balram, e imagino q tenha sido competente em dar uma ideia das críticas, tanto da modelo tradicional de castas, quanto da "nova democracia", q o autor faz. Só achei q faltou dar + ritmo.
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Escancara muito bem a busca pela realização dos interesses pessoais que praticamente todo ser humano busca, em qualquer lugar do globo terrestre, não importando de qual lado social,político esteja. O que diferencia essa busca é o limite que cada um está disposto a ultrapassar, influenciada muito pela condição social, moral de cada um. Num mundo corrompido, não há o justo , não há o certo e nem o errado, há a sobrevivência. Qual o limite para tal?
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Esse sim merecia concorrer ao Oscar de melhor filme, muito representativo, forte, tema polemico, critica social mais que pesada, questionamentos morais e culturais, relações humanas, religiosas e profissionais no limiar entre os abismos dos dois mundos... Uma obra inteligente, transformada num roteiro fantástico (merece Oscar), produzido de forma primorosa, educativo, elucidativo, sobre a cultura da Índia e desigualdades sociais, mundial, tapa de luva esse filme, lindo, sombrio e esperançoso...
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Não necessariamente original na critica ao sistema, mas no intenso contexto social estratificado indiano o filme se torna bastante pertinente.
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Desde o início, estabelece com o público a sua vocação formulaica: o protagonista já viveu a história e vai nos mostrar como os acontecimentos o levaram até ali. A repetição desse modelo narrativo é preguiçosa, e o que vale mesmo a pena é a atuação de Gourav, indo do garoto sonhador ao empresário de facetas com bastante desenvoltura.
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Não sei de onde tiraram que o filme é um grito anticapitalista. De forma mais cruel que "Quem quer ser um milionário?" (Inclusive o cita ironicamente), mostra a realidade da Índia e a selva de pedras que a tal "maior democracia do mundo" representa, cuja saída perpassa pela potencialização da exploração do trabalho, ainda que subverta o sistema de castas. É a precarização e o conto do "emprededorismo" dizendo a que vieram, com um toque sádico pela violência "quase" gratuita.
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Mostra as dificuldades do sistema que vivemos (tanto em relação aos mercados quanto aos governos), com um mercado que exige coisas que os pobres não dispõe e com um governo que se intitula do povo (a grande socialista) recebendo propinas dos mais ricos para manter o sistema e a imobilidade social. Outra fato interessante é que no filme, ninguém é mocinho.
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Versão indiana do Parasita. O filme é bem interessante e até mesmo mais inteligente que seu primo sul coreano. Só fico preocupado de todos esses filmes, incluindo Bacurau, sugerirem a violência como resposta e não questionar a moral dos "mocinhos" que de bom não tem nada também. Fiquei com o sentimento de que o protagonista e seu chefe tinham uma lance meio romântico. Foi impressão só minha?