Com certeza, funciona melhor com crianças até uns 7 anos, mas dá pro gasto em outras faixas de público. A mania de competição dos estadunidenses irrita, mas, se encarada como uma crítica, a sessão fica um pouco melhor.
Por pior que seja a animação, se tiver um bebê fofinho, animalzinho cutes e humanos carismáticos e atrapalhas, já era, me ganham meu coração, tudo muito fofo e delicado, simples e cativante, adoro… meio cansativo, com as perseguições, mas aquele final fofinho, esperançoso e lindo…
A ideia inicial da abertura, de premiar a incompetência, já não é auspiciosa, e acertar um roteiro sobre entrega de bebês por cegonhas, em plena era de desenvolvimento genético, é outro paradoxo; porém, em meio a personagens chatos e trilha sonora ruim, de alguma forma, o conjunto passa uma ou outra emoção (os pais preparando o local de pouso junto com o filho, a 1a visão do bebê etc), em meio à balbúrdia e à confusão sem sentido.
Arquétipos e sensações distribuídos de forma simpática e palpável em uma hora e meia de projeção, sem excessos ou a apologia que uma paródia assumida e infantil, como essa, poderia carregar. A sequência inicial é impagável.
Embora seja uma animação com objetivos bem modestos, peca justamente pelos excessos, seja de piadas, correria e do tom infantilóide, mas atinge seu objetivo de divertir e ainda faz menção à temas relevantes sobre pais e filhos, sem cair no melodrama.