Grata surpresa. Embora o clímax pareça um pouco apressado quando comparado ao restante, o desfecho em si compensa. A montagem é realmente interessantíssima.
É preciso se aceitar para que o mundo te aceite. Entre cegueiras reais e simbólicas, duras e sarcásticas visões sobre preconceito, solidão e relações sociais recheiam uma obra rica em escolhas de linguagem.
Oniricamente consciente, Blind é uma metanarrativa instigante aflorada da cabeça de uma pessoa que não pode mais ver, traçando histórias e personagens num jogo diegético de real e imaginação cheio de nós que vão se resolvendo no decorrer do filme.
Uma bela jornada da protagonista em busca da aceitação acerca de sua deficiência. O mundo aos olhos de quem não enxerga... Pode irritar um pouco, porém o final compensa tudo.