
- Direção
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- Roteiro:
- Béla Tarr (roteiro), László Krasznahorkai (roteiro)
- Gênero:
- Origem:
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- Duração:
- 146 minutos
Lupas (18)
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A miséria da condição humana em meio a desolação do mundo. A ruína da civilização como causa e efeito. O desespero do silêncio de morte. A natureza implacável. O abismo que se levanta como horror e repetição. O olhar vazio que norteia o nada. Não se pode lutar contra a tempestade. Não é possível fugir da escuridão. Não existem deuses a quem recorrer. Estamos só no infinito. Esse é o verdadeiro horror e lamento da existência. Obra-prima de Béla Tarr!
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Mais uma experiência de isolamento e privação sensória do que um filme. O roteiro segue numa linearidade enfadonha e ritmo mais lento que a burocracia documental brasileira. Mas, a despeito de tudo, a obra conseguiria aplausos meus se não fosse tão sem propósito; em 2h e meia quase nada acontece, e, o pouco que acontece, desacontece. Então, pode ser que fosse esse mesmo o sentimento que Tarr queria trazer para o espectador? Todo o mérito pra ele, mas pra isso não seria preciso um filme.
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Só tem estética. Um dos filmes mais chatos que já vi na vida.
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Uma ode as belas artes com imagens tão poderosas e marcantes que, quando um simples diálogo expositivo corta sua fruição e irrompe inesperado em cena, as palavras nos impactam quase que na carne. Bergman, Tarkovski e o próprio Cinema estão orgulhosos.
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Filme que castiga o espectador, o maltrata, o faz sofrer junto com aqueles dois personagens presos em seu purgatório em vida, fadados à repetição e à monotonia, à prisão emocional e de sentido de existência. Tarr fala muito dizendo muito pouco. E que imag
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O que Deus destruiu, nem o cinema salva.
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Um filme sem trama, forçando Bela Tarr a usar toda a sua capacidade estética pra que funcione. Por um lado é extremamente lento e sem conflito, por outro, isso se dá em paralelo com a falta de propósito e emoções na vida dos protagonistas.
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Não é o tipo de filme que entrega soluções dramatúrgicas convencionais para apaziguar nossos corações.O espectador verá que a resposta é coerente com o cinema sempre instigante e reflexivo de Béla Tarr. E com a informação de que este longa, é o seu ultimo
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eterno retorno de nietzsche filmado
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Isso sim é cinema
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O cinema da contemplação em estado de graça.
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23/03/13
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Gigantes planos nas mãos de Tarr são como os mais deliciosos rápidos momentos em Os Mercenários - meio que nada a ver, mas enfim. Uma estética que consegue provar que o cinema pode ser grande em seu estado puro, nos contando o que as imagens escrevem.
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Para quem gosta desses filmes contemplativos, com longas tomadas lentíssimas, sem nenhum roteiro e pouquíssimos diálogos, este é o auge!
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Uma exegese da monotonia e do marasmo que não se pode descrever a contento com palavras.
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Realmente é atmosférico, o ar é denso, as imagens tem muita força...mas é uma grande besteira. Não tem nada aqui. Narrativamente é amador, certamente é imersivo - até pelo tempo de exposição de cada cena, parece que estamos lá naquela cabana atacada pelo vento, sentindo a solidão e o vazio daquela existência. Uma comparação: elogiar um amontoado de tempo perdido e criticar um texto que faz rir, por exemplo, é uma ofensa para a criatividade humana.
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O cinema íntimo, belo e em tempo real de Tarr é logicamente lento, chato, excessivo, repetitivo, mas reside nele uma estranha magia que, neste exemplar, reproduz sensações como o medo, a solidão, a crueldade silenciosa e a aceitação da própria condição.
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O testamento cinematográfico de Tarr, o mais minimalista e niilista de seus filmes.