Assistindo simultaneamente, porem alternadamente, Love Affair, de 1939 e seu remake An Affair to Remember, de 1957, ambos mantém a mesma ideia e até mesmo a repetição dos diálogos, sendo a versão de 57 levemente, mas expandida com acréscimo de duração, a versão colorizada de 39 o aproxima ainda mais ao seu sucessor, tanto na qualidade técnica quanto no desempenho final… Tão lindo, comovente, trágico, dramático e romântico, a moda antiga… Fofo...
O tom mais leve e elegante que sua versão de 57 permite ao diretor Leo McRay alcançar diferentes emoções a partir da mesma história de amor.
A curta duração faz com que cada cena seja usada desenvolver o roteiro com maestria. A direção sóbria, mas não muda, dá espaço para que Irene Dunne e Charles Boyer dêem vida a uma dinâmica de atuação que poucas vezes vi igual entre dois atores.
Mini obra prima!
Tem um ponto de partida ótimo, e seus protagonistas são carismáticos. Mas falta um pouco mais de ritmo e uma estrutura mais coesa no roteiro, incomodando os saltos temporais meio arbitrários. Na reta final, volta a demonstrar força com aquele discurso sobre os sentimentos.
Os filmes românticos de McCarey costumam funcionar porque seu diretor foi sempre muito sóbrio e nunca forçou amizades com dilemas rasos ou se exceder para tentar comover e , desta forma singela , seus filmes costumam agradar mesmo aqueles que como eu não se sintam tão atraídos pelo melodramático.