Lupas (10)

O filme começa apresentando alguns personagens e histórias que são deixadas de lado sem nenhuma explicação. O resto do filme se resume a fuga da polícia. Enredo fraco!

Kirk Douglas pretendia chamar o filme de "The Last Cowboy", mas foi impedido pelo estúdio. O roteirista Dalton Trumbo deu à sua versão final do roteiro o título "O Último Herói".

A primeira metade flui melhor, expondo o jeitão indomável de Burns, capaz de armar uma briga só para ver o amigo na prisão. Quando se detém na caçada, o ritmo cai levemente, mas os minutos finais voltam a compensar e deixam a certeza de mais uma grandiosa atuação do saudoso Douglas pai.

O espectador sofre em antecipação, sofre por Jack e por Whisky. Sofre por ver um mundo que provavelmente nunca conheceu desaparecer perante seus olhos, quadro-a-quadro, sequência a sequência. Sua Última Façanha pegará mesmo o mais durão dos espectadores de jeito e não terá dó de seu coração. Um filme inesquecível.

Funciona muito bem quando propõe um paralelo entre o moderno e o passado , no embate entre o cowboy deslocado no tempo e o que era o mundo moderno nos anos 60. Pena que aja uma pequena barriga na perseguição da montanha e algumas soluções um tanto rasas, que sim , diminuem o resultado apesar de se tratar de um bom filme indiscutivelmente.

Boa atuação de Kirk Douglas. O roteiro tem alguns furos, mas nada que impeça o nosso envolvimento com a trama do caubói que luta para manter o seu estilo de vida em meio aos avanços (ou seria retrocessos?) da sociedade contemporânea. Uma bela homenagem aos personagens clássicos de filmes de faroeste.

Um western que agora divide sua tela com um helicóptero sobrevoando um peão e seu cavalo, inundando os quadros de elementos que, antes dos 60's, eram impensáveis de se contemplar num filme dum gênero tão simbolicamente conservador aos primórdios dos EUA.

Um dos melhores Westerns, e de certo o melhor "Western em Tempos Modernos".

O que poderia gerar um gostoso filme, acaba resultando em um longa fraco com uma narrativa desconexa e um roteiro sem rumo.

Intenso, destaca demais cada cena e num passo nada acelerado, clareia a natureza do homem rústico na imponência de Kirk - o melhor parceiro do mundo. Senti falta de alguns acontecimentos na segunda parte, mesmo com a incrível canseira que fez o peão.