Lupas (56)

Demora pra engrenar e quando engrena, não empolga. "Epidemia" (1995) fez melhor com muito menos.

Filme bem estranho, mas na boa cena final (diferente de todas as outras) eu entendi qual foi a intenção, aparentemente, do diretor (ou do editor). Creio que o ritmo muito acelerado das cenas foi pra causar uma "sensação real" do alastramento de uma epidemia. O resultado era inevitável: não há desenvolvimento da história, que é jogada na tela. Longa não se faz dessa forma, nem mesmo no suspense. Faria sentido em um curta ou média metragem. Além do roteiro ser exagerado. Now, 02-05-2020.

Muito bom, adoro filmes sobre vírus, catástrofes, mostra o melhor e o pior do ser humano, seus extremos, que Deus nos proteja... Nem precisamos ir muito longe, a Greve dos Caminhoneiros nos mostrou bem isso...

eficiente, como uma gripe. Elenco estelar e é meio engraçado ver a Gwyneth Paltrow sendo a que passou para geral.

Soderbergh é inconstante aqui: filma bem, tem estilo, mas não é eficiente em acobertar as deficiências de um roteiro que não se aproxima de seus personagens, mas do nada quer mostrar suas emoções. A personagem de Cottilard serve pra quê, afinal? Mas é bom

Ainda que de mãos atadas, Soderbergh tem seus momentos, mas o roteiro, multifacetado em excesso (um TRAFFIC com mais gente), gera um filme que não corresponde às ambições de seu ótimo primeiro ato. A frieza de Soderbergh não funcionou muito bem aqui.

Filme frio e sem vida. Apesar de ser realista no que aborda sobre o tema de epidemia, é um dos poucos acertos.

Soderbergh coloca seu elenco de oscarizados à mercê de um vírus letal e a brincadeira é saber quais deles sobrevivem no final. Bem melhor e bem mais tragável que "Traffic".

Soderbergh have a sober way to tell some stories, distant and blunt and the final result would be a lot better if he was fully commit to it. like the scene where Kate Winslet try to give someone a coat and what it follows, so cold and abrupt that makes shit gets ten times real.

Soderbergh cria uma epidemia que se aproxima ao máximo da realidade, um vírus que tenta ser real e aceitável. Contágio tem seu mérito justamente na possibilidade da vida imitar a ficção, os acontecimentos são plausíveis, embora alguns sejam exacerbados.

Raso, o arco dramático das personagens soa extremamente superficial.

Um projeto tão interessante como esse e um elenco tão talentoso não mereciam ser entregues ao limitadíssimo Soderbergh, que faz o arroz & feijão típico de sempre, com algumas boas cenas, mas com um alto grau de material desperdiçado. Uma pena.

Tantos personagens, tantas questões. E no final nada acaba nos satisfazendo por completo.

04/05/12

Soderbergh pode ter suas limitações como cineasta, mas extravagância nunca esteve entre elas. Assim, quando o que pauta é o retrato, ele responde muito bem! Como ressalva, a utilização de bons atores em papéis sem peso que poderiam ir para novos talentos.

O Soderbergh de sempre, só que dessa vez com uma história boa e bem formulada, apesar de um ou dois clichês "naturais".

Contágio é uma interessante crítica a onda de alarmismo que surge de tempos em tempos na mídia, como na época do vírus H1N1.

Realista.

A tentativa (falha) do Soderbergh de ser o Robert Altman.

É um bom filme, mas o resultado é sem sal, com o tema explorado de forma óbvia e os personagens fracos. Até existe alguma crítica e uma dualidade de caráter de alguns personagens, mas nada é muito original ou empolgante.