É um filme fantasmagórico, surreal, inebriante, hermético; um estranhamento de imagens que geram um estado de contemplação e arrebatamento. É a música, a pintura, a poesia, o deslocar da luz. Um colapso sensorial do mundo, um lamento da perdição dos tempos. Werner Herzog devia estar com a cabeça em outra dimensão quando realizou esse filme.
Herzog é um cara que admiro ao mesmo passo que dificilmente o compreendo. Cinematografia belíssima em termos fotográficos mas de uma frieza congelante que confesso costuma me afastar. Simplesmente me deixei levar pelo poder das imagens mas com a cabeça sinceramente, no mundo da lua.
Como em todo Herzog é super interessante e tem varias camadas que vão de algo transcendental a algo cansativo. A trilha é foda demais, mas o ritmo vai se acumulando e perdendo força. Tem grandes momentos e depois de entender a historia por de trás do filme faz muito sentido toda a vibe que ele possui. Mas bem menor que outros de seus trabalhos...
Elenco mesmerizado, imagens estonteantes e trilha sonora psicodélica fazem deste experimento cinematográfico uma viagem lisérgica salpicada de bizarrices e envolvida por uma atmosfera de puro torpor.
Não por acaso é um dos obscuros de Herzog.
Difícil de assistir, tem uma poesia bonita e ótimas imagens (cada quadro é uma preciosidade) mas cansa rapidinho e fica uma sensação de nada. A cabeça vai longe...
A lenda sobre a tal hipnose do elenco é apenas um chamariz pra aguentar divagações sem rumo.