- Direção
- Paul Verhoeven
- Roteiro:
- Gerard Soeteman (roteiro), Jan Wolkers (romance)
- Gênero:
- Drama, Erótico, Romance
- Origem:
- Holanda
- Duração:
- 112 minutos
- Prêmios:
- 46° Oscar - 1974
Lupas (17)
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É até hoje o melhor (talvez o único bom) filme erótico
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Enganando o espectador, Verhoeven constrói um personagem tão complexo para a brilhante atuação de Hauer(Eric) onde seus comportamentos parecem sempre a beira do caos. Emoções a flor da pele, com sexo até a exaustão podem transparecer um sentimento artificial dele por Olga(van de Ven), mas não é isso. Ele a ama, e tal sentimento fica bem claro no final, com uma duríssima realidade se apresentando. O senso de eternidade que a juventude dos dois exalava se esvai. A vida é muito frágil.
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Este foi o filme holandês de maior sucesso de todos os tempos e ainda é o filme holandês mais assistido na Holanda. O livro no qual este filme foi baseado é muito popular e muito lido nas escolas holandesas. Ao contrário do que diz o livro, Olga não morreu, seu destino foi modelado com base na morte de um amigo de Wolkers (autor do livro) que morreu de tumor cerebral.
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Anárquico, sujo, feio, corajoso, naturalista ao extremo. Um tapa na cara das convenções sociais, cheia de cenas de muito simbolismo, mas embora o casal principal atue bem conta com atuações toscas do elenco de apoio e o roteiro tromba com algumas situações forçadas. Acima de tudo tem seu valor histórico, talvez seja um dos primeiros filmes mainstream a fazer referência a fantasias escatológicas
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Verhoeven sem amarra nenhuma, indo de cara no brutal e visceral amago de seus personagens. Gosto muito de como, embora o tom seja realista, o filme não busca de fato esse realismo. Vai numa ideia crua de emoção desse romance e das pessoas em torno dele, uma caricatura bizarra que se mostra mais verdade que qualquer realismo. Se não é honesto para Verhoeven ele não diz, nem mostra. Van de Ven e Hauer tem atuações gigantescas. E aquela cena no café, perto do final, é de quebrar o coração.
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Timing cômico raro, cenário cru e a complexidade do amor. Protagonista, com suas nuances excêntricas, sempre autêntico em suas atitudes (isso não é uma justificativa, apenas um fato). Filme original e com um conjunto impressionante. A cena do café/chá é surreal de tão profunda, e o final é de queimar a língua de muita gente. Obra inspiradíssima!
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É lindo acompanhar a forma nada comum de amar do personagem, revelada apenas no final. Uma trama furiosa, energética e sentimental, com cenas que fogem das convenções. Verhoeven, sádico que sabe fazer cinema.
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19/10/96
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Definitivamente não o enxergo como um romance e sim como um retrato de depravação. No trecho final ganha em intensidade mas o fato é que o conto deste casal pouco tem a ver com a vida real, talvez apenas uma epifania de Verhoeven.
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Verhoeven manda na porra toda, e é isso aí.
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Verhoeven inicia aqui a sua discussão sobre a sexualidade, pagão vs cristão com muita profundidade e riqueza de símbolos audiovisuais. E de certa forma também defende o cristão como em O Quarto Homem. Sem referência à religião, mas em formar família.
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Filme que traça tantos caminhos distintos, se mostrando ao mesmo tempo tão despudorado e inconsequente que saí dele sem saber muito bem o que achei (ou o quanto gostei). O final, por exemplo, é bastante significativo.
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A paixão se esvai. O tempo destrói tudo. E a única coisa restante são os momentos aleatórios que aproveitamos com intensidade e sem medo.
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"A paixão me pegou / Tentei escapar, não consegui"
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A síntese do cinema de Verhoeven está nessa obra. O romance retratado da forma mais crua, e realista, é erótico sem ser vulgar, é dramático quando tem de ser, é um legítimo Verhoeven.
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Eric é exagerado,passional,porcão e humano.Um personagem vibrante,vivo e interessante demais. Não esconde nada.Escancara a vida e exalta o prazer de viver,seja como for. Rutger Hauer e Verhoeven,uma das parcerias mais insanas e bem sucedidas do cinema.
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Muita "doidera", incoerência, exagero, confusão, cenas nojentas desnecessárias... Roteiro que é bom, nada!