Difícil comprar a ideia de que Mary não percebe que Jekyll e Hyde são a mesma pessoa. Tamanha ingenuidade contrasta com o talento de Roberts, em um raro papel de época. Malkovich, por sua vez, é eficaz na composição das duas faces de um homem, capaz de demonstrar o pior de si quando a alquimia que criou passa a dar resultado. No geral, entretanto, não passa de um suspense irregular.
Roteiro de Christopher Hampton, fotografia de Philippe Rousselot, elenco estrelar, deslumbrantes direção de arte e figurinos: ao optar, no entanto, por fazer um filme de terror diluído, aceitável, acessível, Frears cometeu um de seus maiores equívocos.