
- Direção
- Luís Sérgio Person
- Roteiro:
- João Alamy Filho (romance), Jean-Claude Bernardet (roteiro e argumento), Luís Sérgio Person (roteiro e argumento)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Brasil
- Duração:
- 92 minutos
Lupas (16)
-
Tem uma grande força narrativa. Para a época a produção é bem elogiável.
-
Causa revolta acompanhar a reconstituição de um dos maiores erros judiciários da história brasileira, que não poupa o espectador dos detalhes cruéis. O tratamento dispensado aos irmãos, vítimas das circunstâncias desfavoráveis, parece imaginado em um pesadelo. Cortez e Oliveira estão plenamente dentro de seus papéis, despertando compaixão a cada cena.
-
Quando a injustiça vai aos tribunais, e lá faz morada, intimidando os humildes e inocentes denunciados por um sistema sedento por culpados de qualquer forma. Filmaço de Person.
-
Uma obra dolorosa que reflete sobre as contradições entre os princípios da justiça e o seu exercício, expondo a arbitrariedade e a crueldade como as margens das estruturas de um país. Person entrega uma execução forte e seca com impactantes cenas de violência e uma eficiente decupagem. A narração e a montagem tornam o filme bem direto e dinâmico, sendo ele um verdadeiro manifesto em prol dos direitos humanos.
-
Apesar de ser uma crítica declarada ao militarismo e à cegueira do uso da força à qualquer custo o grande mérito é deixar o espectador em dúvida sobre a inocência ou não dos irmãos Naves.Confesso que eu mesmo não me convenci da inocência em nenhum momento
-
13/03/11 -Retrata um dos maiores erros judiciais já acometidos no Brasil, durante a ditadura Vargas. De maneira comovente, Person nos mostra com realismo o fato ocorrido, com cenas impactantes, sobretudo aquelas em que os policiais abusam da autoridade.
-
A tortura se faz física e psicológica, em que a passividade de olhares no julgamento é tão repugnante quanto a violência explícita. Uma obra forte e sagaz na exposição do acontecimento, espectro atemporal da realidade brasileira.
-
Impactante registro gráfico da violência por meio de edição muito competente, um episódio que de tão bizarro beira à fábula e uma trama jurídica de fazer corar supostos grandes clássicos filmes de tribunal americanos. Fantástico.
-
Um trabalho de composição de imagens que é um dos grandes do Cinema Nacional. Fruto do expressivo rigor formal de Person - diretor que sabia conduzir com veemência sua narrativa. Também é importante para se conhecer os pormenores da justiça brasileira.
-
A história é tão forte que nem elenco e direção amadores, ou roteiro incompleto conseguem diminuir o impacto no público. Certamente merece uma refilmagem à altura de uma grande obra (candidato certo ao Oscar!)
-
Quando as garantias individuais são suspensas, os menos providos ficam a mercê dos desmandos do poder. E o tal do Benedito? Que trolada, hein?
-
É impressionante pensar como fatos desse tipo aconteceram no Brasil, com Person aproveitando a época para criticar outra ditadura, a do Estado Novo, e todos os abusos que qualquer regime desse tipo instaura. John Herbert e Anselmo Duarte estão possuídos.
-
Técnica: 9.0 Arte: 8.5 Ciência: 8.5 Nota: 8.66
-
Violento tanto nas cenas mais explicitas quanto nas de ácidos diálogos. Cinema forte, econômico e bem realizado.
-
Épico. Tanto a história em que foi baseada quanto a direção pesada do Person.
-
O cinema mineiro é um tanto raro,isso já torna esse filme grande. Mas as cenas de tortura assustadoras e o trabalho de elenco impressionam. Anselmo Duarte fez o maior vilão do cinema brasileiro.