- Direção
- Roteiro:
- David Mercer
- Gênero:
- Origem:
- ,
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 110 minutos
Lupas (13)
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Mais uma vez Resnais inova de forma contundente a forma no cinema. A simbiose entre obra e criador extrapola tudo, e a forma da narrativa é genial nisso, onde a fala do narrador se mistura a dos personagens, em pleno processo criativo. A sensação de devaneio do criador, de bate papos aleatórios, da narrativa em prol de discutir filosoficamente temas aleatórios a partir de personagens c/perspectivas diferentes, é única! E qndo sua família é apresentada td muda de perspectiva, é muito foda!
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"perto de alguns sonhos / a vida desperta não tem tanta intensidade"
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Por boa parte do filme eu considerava às inserções de comentários algo tolo, no fim descobri que o tolo era eu. Belíssima desconstrução narrativa de Resnais. AInda que seu ritmo não me agrade completamente é um cinema dos mais desafiadores para o espectador.
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Resnais foi um diretor inquieto e desejava o mesmo para seus expectadores, sua narrativa brinca com realidade, ficção e lembranças, misturando pessoas reais a personagens em meio a uma crise de um escritor bêbado, cheio de dor e com a morte à espreita imaginando cenas em seu derradeiro livro inacabado, expondo pensamentos perturbadores sobre seus parentes. Toda essa mistura nesse caldeirão mostra como o ressentimento pode vir à tona no fim da vida de maneira estarrecedora.
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Disperso demais, se é interessante pela confluência de imagens de tempos e campos diferentes, também cansa bastante pela falta de realidade e situações abjetas. Termina numa grande sequência, finalmente em luz e vida, um almoço à luz do sol e boas conversas profundas.
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Ecos da consciência, fragmentos do passado, delírios e complexos da mente humana. O homem buscando a expiação de seus pecados, o tempo e a memória se perdendo na ilusão, contemplando a finitude, o medo, a culpa, sua própria descrença. Intrincado, fascinante, uma encenação precisa; tudo o que se espera de uma realização de Alain Resnais. Grande filme!
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Setembro 2017
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A metalinguagem ao retratar o trabalho criativo de um artista em delírio, a dor da revisitação de um passado pungente, a reconstrução de uma família pelas distorções pessoais acerca das identidades alheias. Resnais navega por temas espinhosos com fluidez.
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O poder e domínio que o Resnais possuía da linguagem é algo fora do comum, é de ficar de boca aberta durante a projeção. Aqui ele está em completa harmonia e cria um filme que acima de tudo retrata a arte e o artista
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Filme gigante, em todos os sentidos, que tanto se apropria do mundo para convertê-lo em drama, trama e fantasia, quanto para provocar e estender nosso fascínio nas dimensões de abertura crítica que o filme carrega. Dos melhores de Resnais.
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Adentrar a mente de um mestre na arte de imaginar ... metalinguagicamente, genial. Quase intransponível, e é aí que está sua maior grandeza.
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Pretensioso demais para um desenvolvimento tão paupérrimo de personagens; Resnais deveria limitar-se aos seus non-senses "oníricos", como alguns gostam de chamar.
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Cinema e/é imagem. Fim.