De extremos opostos a bons amigos, os protagonistas trilham um caminho improvável como a metáfora do morango e do chocolate. Sem incorrer em estereótipos, mas também reproduzindo a mentalidade do tempo em que se passa, narra uma bonita história de barreiras caídas.
Maior realizador cubano, Tomás Gutiérrez Alea sempre foi um questionador em seus filmes. Ele deixa claro que não pode uma revolução ser bem sucedida sem liberdade e inclusão. Que por maior que seja o espírito revolucionário, ele precisa se abrir para não envelhecer, precisa do humanismo para não se tornar o mal que tanto combateu. "Morango e Chocolate" é isso, uma celebração da liberdade, da inclusão, da amizade, da alma revolucionária, de uma Havana que é ilusão e paixão. Grande filme!
Embora terno em sua parte intimista, os conflitos políticos poderiam ser melhor aproveitados para que a obra se tornasse mais vibrante. Faltou capricho no roteiro!