- Direção
- Roteiro:
- Rogério Sganzerla
- Gênero:
- ,
- Origem:
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 93 minutos
Lupas (29)
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Anarquia e loucura. Absurdo absoluto. Abraçar o caos como a única verdade possível. País falido em meio ao devaneio reacionário. O frescor furioso do filme maldito. A potência indisciplinada do plano. Eu tenho a leve impressão que o terceiro mundo já explodiu, mas como a banalidade reina, ninguém percebeu ainda. Como diria o Bandido/Sganzerla: 'Quando a gente não pode fazer nada, a gente avacalha, avacalha e se esculhamba'. A caricatura do dilema nacional. Nunca deixa de ser uma surpresa.
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2023 Dezembro - 115
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Percebo sua inovação e genialidade, com muita influência da Nouvelle Vague, mas não consigo ter mais do que uma admiração fria e distante
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A temática é maravilhosa, seu personagem renderia uma farto material para uma biografia criminal, a forma de exposição, narração intercalando com recortes de jornais e rádios, e uma dose cômica, quase inapropriada (considerando o tom macabro da violência que empregava, principalmente contra as mulheres), mas o filme não me agradou tanto quando imaginava, bora para a sequência de 2010...
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Anárquico, niilista e prestes a explodir, Sganzerla inicia sua filmografia chutando a porta da moralidade, banalizando as formas convencionais de se fazer cinema ao tornar-se expoente do grande cinema marginal brasileiro. Editado de forma brilhante, de sequências oníricas, ácidas, banais, existenciais e tudo mais que poderia sair de sua mente enlouquecida e criativa, esta é uma viagem daquelas (e sem volta!). Villaça e Ignez gigantes!
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Apesar do filme ser arrastado durante sua metade, inegável a importância pelo assunto tratado. Talvez seja pioneiro na abordagem sensacionalista em que trata a mídia. E o tom cômico também vem com ela, apesar de usar tanto esse recurso que, depois de um tempo, não reagimos mais da mesma maneira. O bandido da luz vermelha não ser o grande problema dessa cidade, e no final, não ser o alvo principal, nem ser o que realmente importa, engrandece muito a crítica retratada aqui.
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Começa comum tom noir e vai, ao longo da projeção, ganhando ares surrealistas dignos de um Buñeal. Uma excepcional representação da anomia social. E a narração, claro, é a melhor parte.
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Uma das montagens mais diferentes que eu já vi, excelente direção, a narração dos locutores e tudo mais, o tornam um excelente filme. O começo me incomodou um pouco mas acabei me acostumando. Paulo Villaça em grande atuação. Tecnicamente é impecável, com destaque pra fotografia. E o roteiro também é excelente, com várias frases marcantes e também todas as críticas que faz. Um dos melhores filmes brasileiros que eu já vi. Obra-prima.
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Sganzerla quebra com todos os padrões do cinema e faz este filme unico, uma montagem sensacional, narração de radio escandalosa, experiencia cinematográfica ímpar para qualquer cinéfilo
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um filme impar, diferente de tudo que jamais vi. A narração é um show a parte.
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A falta de sentido cansa demais e derruba a atenção. A narração de rádio é curiosa - mas é caricata também. Na verdade nada tem significado. Pelo menos a trilha dá um brilhinho, três fragmentos de belas canções - Índia, Malagueña Salerosa e Asa Branca.
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Um verdadeiro show anárquico, sujo, rebelde, frenético, e acima de tudo: MARGINAL e AVACALHADO. Sganzerla apresenta uma espécie de "Nouvelle Vague do terceiro mundo"; onde a paixão pelo crime, é maior que o crime da paixão.
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Uma proposta narrativa bastante ousada com as interlocuções radiofônicas, montagem vibrante e estética ímpar. Ideologicamente uma cópia Godard, até na despirocação e na falta de uma unidade de sentido crítico. Aponta o dedo mas não chega à lugar algum.
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14/03/04 -Inovador,criativo e genial.
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Assim como seu protagonista, Sganzerla conta seu filme de uma maneira rebelde, transloucada, visceral, debochada, tornando assim um marco no cinema marginal.
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O terceiro mundo vai explodir!
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Embora possua uma narrativa peculiar e interessante, é pouco incisivo em relação a seu personagem principal.
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Um dos filmes mais geniais e inovadores do nosso cinema.
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Cinema difícil de digerir (exageros godardianos usados de forma não muito homogênea), mas muito interessante.
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O universo que vemos na tela, sempre preste a explodir, não é o que estamos acostumados a ver. É como um mundo a parte. Um terceiro mundo. Avacalhação e deboche em prol de filmar uma realidade infilmável e, infelizmente, imutável.