- Direção
- Roteiro:
- Glauber Rocha
- Gênero:
- Origem:
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 106 minutos
- Prêmios:
- 20° Festival de Cannes - 1967
Lupas (34)
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Queria conseguir apreciar o Cinema de Glauber Rocha... Eu realmente queria.
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Glauber rocha realizou um divisor de águas na cinematografia nacional quando, em 1967, constrói uma alegoria política da América Latina duplamente subversiva, tanto do ponto de vista da censura quanto da própria arte. Mais que um filme, é um exorcismo da nossa herança maldita dos séculos, do imutável impasse político, da fraqueza intelectual, da estupidez e futilidade das elites. É o nosso canto de desespero! Eternamente em cartaz pelo Brasil ordinário. Obra-prima absoluta em poesia e amargura.
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A teatralidade a que o filme se propõe é necessária para a metáfora que representa os regimes políticos da América Latina. A contraposição do Idealismo de Paulo à realidade popular evidencia o distanciamento entre o discurso subversivo e quem ele deveria alcançar. Assim, a carência do povo por algo concreto permite a ascensão de Vieira e Diaz, na esperança de que o pão chegue, um dia, à mesa. A obra é uma representação atemporal da política brasileira: distante do povo, próxima à elite.
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É um filme politizado, com tema praticamente atemporal. A narrativa, porém, possui um tom teatral com excesso de poesia (?), mesclado com imagens aleatórias, por vezes bem repetitivas, jogando em nossa cara as mazelas brasileiras, o jogo de poder e o vazio no sentido de solucionar nossos eternos problemas. A experiência de assistir é desagradável, mesmo gostando muito de História/política, porque há um experimentalismo flácido, o que, nesse caso, representa um trabalho em círculos.
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Enredo, montagem e edição de som caóticos. Aceitando-se isso, pode-se aproveitar a bela fotografia, as locações, algumas atuações e, especialmente, as falas: Terra em Transe é uma verdadeira máquina de produzir citações sobre o Brasil e a luta de classes.
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o melhor filme brasileiro de todos os tempos.
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Ópera trágica meio surrealista da luta de classes na América Latina! PQP! Baita painel desenhado p/ G.Rocha escrachando cada jogador nesse jogo sujo, com a sua poesia, a sua paixão política e seu cinema. Dos grandes filmes marxistas da história! Tá pouco?
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A desarmonia dos infernos sobre a terra. O espetáculo da hipocrisia encenando a vida real em seus exageros, sonhos covardes e ilusões de oportunidade perdidas para o oportunismo. Ninguém sairá ileso do golpe que é um humano se ver acima da massa.
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O retrato do cenário político brasileiro em diversos ângulos que até hoje permanece atual. A montagem deixa o filme mais épico, mas o exagero atrapalha as vezes.
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Um grande filme escondido em algum lugar.
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preciso ver com calma, na aula nao rolou. mas deus e o diabo na terra do sol pareceu sensacional
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Acho que nunca vou gostar completamente de Terra em Transe...filme pitoresco e apaixonado, mas por vezes preso a agonia do autor, peço desculpas ao Gláuber, mas minha relação com ele é bipolar.
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A relevância de sua proposta e a forma de poetizar acerca dos malefícios da estrutura política de Eldorado são mais relevantes do que o próprio filme em si,que sofre de uma certa redundância e de um ritmo que possa afastar alguns. Uma obra poderosa.
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Cinema em transe.
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uma coisa eu posso lhe garantir: você jamais esquecerá a cena final de Porfírio Diaz
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A arte idealista subjugada pela (mais que atual e inescapável) realidade. Profundo em sua crítica e grandioso em sua execução (cortes incisivos e trilha monumental). "Todas as piadas são possíveis na tragédia de cada dia", frase que define nossa realidade
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Tem uma premissa boa, mas as atuações são, em certo ponto, artificial e ensaiada demais. Realmente tentei me concentrar e entrar na proposta, mas foi bem complicado.
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Confusão mental, política e ideológica nessa obra indefinida de Glauber Rocha, atirando para todos os lados como que tornando todos parte dos acontecimentos dos eventos de 64, um retrato desorientador e gritante sobre a época e a coroação do horror.
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"Não se muda uma realidade com lágrimas." "Este é o povo: Um imbecil, um analfabeto, um despolitizado." Se não for o melhor filme Brasileiro é o mais importante Jardel filho em uma atuação monstruosa Insano, Poético e sua utopia ideológica fazem d...
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06/06/06