Lupas (12)

Não é fácil conseguir ser simples e realmente profundo, e aqui os irmãos Dardenne acertam no tom de uma forma impecável. Não que simples signifique obvio, já que mesmo com ela, eles conseguem criar algo que nunca se aquieta. As atuações, principalmente do protagonista Jérémie Renier, são monumentais e se ligam ao filme perfeitamente. Daqueles filmes que te fazem ter vontade de faze-los...

Uma obra sensata, comovente e vital. Misturando tom documental com poesia imagética, o filme apresenta um poderoso relato sobre as imperfeições humanas. Sensível, mas cruel.

O contexto que a projeção coloca espectador e personagens parece mais inverossímil que realista, assim com o tempo texto e situações perdem total coesão. Há sim ótimas cenas e um sentimento pungente, mas isso poderia ter sido melhor explorado.

Retrato sem molduras do despreparo pra encarar a vida de dois jovens imaturos e inconsequentes, que tratam o mundo como mero entretenimento sem pensar no amanhã. A câmera seca dos Dardennes retrata o colapso do protagonista, a verdadeira criança do título

O estilo extremamente realista e direta dos Dardenne casa perfeitamente com a trama. A ausência de apelação é exatamente o que o tema precisava para alcançar seu potencial.

As Crianças.

Um filme um tanto sem propósito e sem muito a dizer. Ou talvez tinha mas, os diretores preferem abrir mão de qualquer profundidade ao tema para focar no realismo exagerado. Há quem goste. Nota: O título deveria ser Mônica e o Desejo 2.

26/02/07

Atuações sinceras e reais que conseguem comover e encantar.

Infelizmente, só aprendemos com os nossos erros. Ainda estou procurando palavras pra TENTAR descrever tudo o que se pode sentir ao assistir aos filmes dos Dardenne. Tão simples , sem apelos, tão absurdos em suas histórias, tão sinceros...

A trajetória complicada de dois indivíduos tentando achar seu lugar no mundo, mesmo aos trancos e barrancos.

Um lindo final.