- Direção
- Roteiro:
- Luchino Visconti, Suso Cecchi D'Amico, Enrico Medioli
- Gênero:
- Origem:
- ,
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 121 minutos
Lupas (9)
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Um homem solitário, de outro tempo, meio amargurado, preso a si mesmo. Seu mundo é invadido pelo calor humano. Ele se vê obrigado a conviver, a observar. Parece desprezar aquelas pessoas, mas se sente profundamente tocado por elas. Ele se envolve em suas histórias, em sua tragédia. No fim só lhe restará os passos no andar de cima. Considero o mais melancólico dos filmes de Visconti. A decadência está mais profunda, o lamento mais enraizado, o olhar mais amargo e simbólico. Filme admirável!
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2022 Março - 016
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De um desrespeito sem tamanho, de uma deselegância total, fora a agressividade sem motivo do gigolô, drogado e esquerdista, e o jet set caiu no papinho, aquela reforma num imóvel (centenário) desagradabilíssimo… Entretanto, o que se segue é primoroso, um ménage à trois belíssimo, poético até, nos ritos finais um debate que vale por todo filme, critica social, as desigualdades social, e política, com questionamento a tirania de Franco, um desfecho melancólico e primoroso, adorável…
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Concebido p/ internas devido à saúde frágil de Visconti, tornou-se uma de suas gdes obras. Abandona as adaptações de gdes romances p/ criar uma trama q conversa mto c/sua filmografia, de decadentismo aristocrático, de relações "familiares" c/pano de fundo político. O título "Conversation Piece" (um tipo de quadro familiar burguês) é mto foda. As representações q o isolam do mundo (como nós, cinéfilos) e a "família de fora" o trás de volta. Um filme profundo e de surpreendente energia c/Berger.
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A composição trágica do ambiente e das trajetórias dos personagens é recorrente no cinema viscontiano. Em mais uma parceria com Lancaster, o realizador persiste na temática dos males exalados na convivência, porém com um impacto e uma capacidade de envolvimento menos profundos.
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É impossível não ver valores na estética aprimorada, na fotografia e nas atuações de cair o queixo especialmente de Burt Lancaster. Também me agrada este flerte com a imoralidade da chamada burguesia mas confesso que o ritmo solene que Visconti imprime em seus filmes em geral me distancia.
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Decadência espiritual italiana que precede a ruína das relações civis. O olhar do intelectual não como guia passível de esclarecer situações, mas como o de um homem frágil e deslocado no tempo.
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10/10/07
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No fim da carreira (e em fim de carreira), Visconti adotou o contra-plano em seus piores filmes, como este. Título brasileiro é inexplicável e de mau gosto.