- Direção
- Roteiro:
- Alberto Moravia (romance), Bernardo Bertolucci (roteiro)
- Gênero:
- ,
- Origem:
- , ,
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 115 minutos
- Prêmios:
- 29° Globo de Ouro - 1972, 44° Oscar - 1972
Lupas (19)
-
Inegavelmente bem filmado, e com uma iluminação muito bela, é um dos filmes mais bonitos do diretor visualmente falando. Mas confrssoq ué a história não me pegou, tanta enrolação pra uma emboscada, mais parece prolixidade e conveniência do roteiro mesmo, ao passo que o discurso político raso foi engolido por um melodrama bem tosco e cenas homoafetivas que não sabem direito o que quer contar (ok, vou dar crédito pela época, mas mesmo há uns anos atrás havia filmes mais audaciosos).
-
"O Conformista" se afunda em pretensões artísticas enquanto arrasta os espectadores por um mar de diálogos pretensiosos e cenas estilizadas que servem apenas para polir o ego de Bertolucci. Marcello, um protagonista tão dinâmico quanto uma porta, vaga por uma trama sem emoção ou tensão, transformando o que deveria ser uma análise política num verdadeiro teste de resistência ao tédio.
-
Não entendi o porquê de o gênero do filme não ser considerado comédia!
-
Como filme, belíssimo, como adaptação fiasco pela falta de profundidade, filme maravilhoso e apaixonante, até ler a resenha sobre o livro, percebi a lástima, que traz uma abordagem bem mais intensa e sofrida de Marcello, o drama interior atormentando o, ao tentar ser normal, entretanto seu íntimo flerta com um homoafetivo, enamora-se do fascismo, dentro de se o bem lutando contra o mal, a satisfação de matar vs incessante busca do amor, situações antagônicas do paradoxo interno do protagonista..
-
Bertolucci dos bons, visualmente marcante e com bons personagens. Aqui a discussão moral e política faz sentido de fato, não são abstrações vazias como em outros dos seus.
-
Um belo exemplar de quando a fotografia e os movimentos de câmera são praticamente o filme.
-
Lembra O Poderoso Chefão, trazendo uma bela síntese de violência com um charme e uma elegância deslumbrante, tudo isso ressaltado pela magnífica fotografia.
-
Bertolucci cria um suspense político de certa complexidade, onde o personagem principal é extremamente influenciável e inseguro com seus traumas do passado.
-
O homem comum, sem convicções, levado ao fascismo por ser ordinário, indiferente, tolo (uma certa repressão sexual presente). Coberto pelo desejo de normalidade ele segue a manada, não assume sua culpa. Estará sempre pronto para um novo regime. Essencial!
-
Caprichado, fotografia Storaro, trilha e tal. Um estudo sobre a alma do fascista, seu apego ao privilégio e sua "normalidade" fria e hipócrita. "Se o Estado não se modelar à imagem do indivíduo, como é q o indivíduo poderá se modelar à imagem do Estado?"
-
Provavelmente uma das melhores fotografias da história, rendendo composições visuais, no mínimo, sensacionais e Bertolucci a engrandece ainda mais. É um filme cheio de camadas - e não é tão simples assim capturar todas -, o que o torna ainda melhor.
-
03/02/08 - Usando metáforas e imagens simbólicas, o diretor cria um clima psicológico de tensão. A fotografia de Vittorio Storaro é uma das mais belas do cinema,com o equilibrio das cores quentes e frias e a predominância do branco em algumas cenas.
-
Esteticamente é um primor, fotografia lindíssima e enquadramentos bem fora do comum. Influenciado por O Samurai, especialmente pela frieza dos personagens e um clima neo-noir extremamente silencioso. Todavia, seu roteiro e personagens não me arrebataram.
-
Algumas insinuações do chocante Bertolucci (pedofilia, lesbianismo) podem até desviar o foco da real mensagem, de um filme que, se pararmos para refletir, é trsite pra cacete. Em tempos revolucionários, nada mais desprezível do que a inercia.
-
Ele queria ser um homem normal na sociedade mas isso já não era possível. Traumas de infâncias e incertezas quanto sua posição politica o fizeram assim. E no fim das contas ninguém mesmo é normal, são só as aparências.
-
Um Bertolucci prolixo e disperso. Contudo, traz seus instantes de lancinância a partir de certa altura e embriaga com uma fotografia quase iridescente.
-
Schrader:"Parecia que Bertolucci tinha posto Godard e Antonioni em uma cama,colocado uma arma na cabeça deles e dito:'vocês vão foder agora ou eu mato vocês'". Tudo isso e mais um pouco.
-
Aproveitando a onde antinazi-fascista do período, Bertollucci filmou esta trama de espionagem confusa, com uma história capenga, apenas como pano de fundo para uma novela gramiscista.
-
Cada quadro tem a força de uma pintura. Um filme belíssimo e muito bem dirigido.