- Direção
- Luchino Visconti
- Roteiro:
- Luchino Visconti, Suso Cecchi D'Amico, Pasquale Festa Campanile, Enrico Medioli (roteiro)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França, Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 177 minutos
Lupas (23)
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Uma mãe e seus cinco filhos mudam-se do interior para Milão e suas vidas não mais serão as mesmas, drama familiar e um retrato da Itália do pós-guerra neste maravilhoso épico de Luchino Visconti.
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O martírio da terra impregnado nos homens. O sangue como vontade e ruína. Rostos que explodem na tela. Acompanhar o desenrolar da história da família Parondi é experimentar um mar de sensações em sua plenitude. Alegria e tristeza, esperança e desilusão, paixão e tragédia, medo e abnegação. É sentir o lamento por algo que se fragmentou no caminho. Ver sonhos serem esmagados pela realidade. Entrar no íntimo da natureza humana. Apreciar o estado de graça da arte. Obra-prima!
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Uma tragédia masculina dolorosamente poética. A sombra do patriarcado provoca o que há de pior de mais egoísta nos irmãos Parondi. Ainda que haja uma mudança que pressupunha uma evolução de pensamento, representado aqui pela migração do interior para a cidade grande, o fantasma patriarcal ainda está lá, atrás de cada homem vítima-algoz, que insiste em ignorar seus efeitos, sofrendo as consequências. Ápice do cinema italiano.
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Além de ser pacote impressionante de crônica social mostrando os efeitos da urbanização acelerada sobre as noções antigas familiares, o filme é um tratado moral sobre os atritos gerados por forças por vezes antagônicas como desejo e dever. Cheio de fortes cenas que nocauteiam a sensibilidade de um cinéfilo
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Acaba por se entregar a alguns deslizes que tiram um pouco da perfeição. Como alguns diálogos expositivos e com os 10 minutos finais quase que desnecessários. Mas não tem como não se sentir completamente atordoado com a força que Visconti tem no decorrer do filme que vai se transformando e ganhando cada vez mais profundidade. Roteiro e direção de um completo gênio. De quebra ainda temos Delon no auge e Girardot numa atuação monumental. Trágico e lindo, um dos melhores épicos que o cinema ja viu.
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Há alguns erros por aqui sim. Diálogos expositivos, trilha sonora que as vezes soou desnecessária e até fora de tom, além da última cena falar o que foi todo o filme. Agora, que retrato familiar poderoso, que direção grandiosa, cada quadro do longa é uma pintura. Elenco perfeito e o destaque para Rocco(Delon) e Nadia(Girardot) que são a alma do filme e promovem um dos grandes casais que já assisti. Girardot chega a assustar de tão visceral que está. Filme necessário e inesquecível.
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Quando Luca Parondi toca a imagem de seu irmão Rocco num jornal, toda a melancolia que antes lhe era preservada é exposta sem pudores ao espectador, mesmo que de forma tão singela e delicada, contrastando com toda a histeria de minutos atrás. Obra-prima.
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Odeio filme dublado e teatral, por isso que não tenho muito gosto pelos antigos. Para piorar, críticos marxistas e público bobalhão passando por entendidos, mitificam essas obras. Só é interessante o roteiro sobre migração campo-cidade. Dvd, 06-2017.
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Drama familiar dos mais fortes e envolventes.
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Um dos filmes mais tristes do mundo que acabou inspirando Era uma Vez em Nova York do Gray. Aqui também há um personagem iluminado pelo espírito santo, no caso o do Alain Delon (lá era a Marion Cotillard).
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Ainda acho que Zurlini saiu-se melhor ao trabalhar um tema semelhante, mas a força na história de Rocco e seus Irmãos o torna praticamente impassível a diferença.
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Para fanáticos por Scorcese.
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Dramas de cidade grande para pequenas pessoas resolverem: Triste enquanto inevitável. Aqui, Visconti se apropria do drama da ascensão social para dar uma aula sobre como estabelecer uma realidade irreversível dentro de um filme.
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25/09/07
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Rocco, por vezes, era passivo demais com a vida errante do irmão. Mas até o final entendemos tudo isso. Família é família. Aqueles que realmente amam a sua, nunca a negará.
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Culpar apenas a mulher é de uma boçalidade indesculpável. A complacência de Delon - que está mais para "Jesus Cristo" neste filme - beira o antinatural. Uma excelente história, porém, completamente arruinada por juízos de valor mais que duvidosos.
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Vida mundana com seus conflitos familiares, sonhos quebrados e perseverança duradoura. Neorrealismo italiano no seu melhor!
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Enquanto Fellini mostrava ao mundo o melhor filme italiano da história, Visconti tentava empurrar para o mundo um drama gigantesco e sem personalidade, com uma primeira metade praticamente descartável.
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A cena final com aquela música maravilhosa resume tudo! Que lindo!
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Visconti espia a vida correndo por seus fotogramas, adentrando o seio de uma família em lento processo de desintegração, com destaque para o talentoso Alain Delon.