- Direção
- Ingmar Bergman
- Roteiro:
- Ingmar Bergman
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Suécia
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 80 minutos
Lupas (64)
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As convenções sociais exigem o uso de máscaras. Em razão disso, a identidade acaba esvaziada por incompletas representações do eu. Bergman consegue, com a sobreposição dos rostos, evidenciar o espelhamento que Alma e Elisabeth fazem uma na outra. De modo antitético, suas personas se mesclam: cuidadora e cuidada; jovial e amarga; admirada e cínica. Entre elas, há identificação, repulsa e complementaridade. Será que resta algo de nós quando ficamos sem máscaras? Talvez nem consigamos tirá-las.
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Filme reflexivo, impetuoso, enigmático, amargo. Experiência aterradora de ser e não ser. Descida vertiginosa pela consciência fragmentada por indiferença, a dor do vazio, o próprio horror. Um encontro subversivo com o inconsciente humano e suas imprevisíveis formas de pensamento, desejo, medo, sonho e desespero. É Impossível não ser arrebatado pelo abismo de sensações que esculpe os rostos de Bibi Andersson e Liv Ullmann. "É tudo mentira e imitação". Obra impossível de Bergman.
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Arrepiadissímo até agora estou. Uau... Só UAU!
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Tudo que amamos ou repudiamos está em nós.
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Podem falar qualquer coisa sobre o Bergman, mas existe uma certeza inquestionável: o cara sabia dirigir o seu elenco. A dupla Bibi Andersson/Liv Ullmann oferece uma aula de atuação, interpretando duas(ou uma?)personagens multifacetadas. Sem falar da fotografia espetacular do mestre Sven Nykvist.
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Bibi Andersson e Liv Ullmann em excelentes atuações, grande direção de Bergman e excelente roteiro fazem de Persona um ótimo filme. Persona é um daqueles filmes que cada um traz uma interpretação do que acontece e que pode ser confuso às vezes. Em alguns momentos pode ser um pouco lento demais, mesmo tendo menos de 90 minutos. Pelos poucos filmes que vi do diretor, me parece ser uma marca dele, ainda tentando me acostumar. Filmaço.
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Achei um bom filme, mas não é dos meus Bergman favoritos.
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Fiquei até arrepiada
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Intenso no sentimento de cumplicidade que constrói unindo as personalidades progressivamente. Roteiro forte, impactante.
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A natureza ambígua de Persona que discute identidade, modernidade e dualidade, juntamente com a beleza de suas cenas e o poder de suas interpretações, fazem deste o filme mais catártico de Bergman.
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Obra-Prima
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Entre o início e o fim de uma projeção e entre signos cinematográficos e carnais/sexuais, Bergman disseca duas personalidades (de um só ser ou de dois?). Com Bibi Andersson e Liv Ullmann em uma composição cênica da mais completa. Um filme que pulsa.
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Revendo, me parece um filme melhor em ideia do que execução - com aparente arbitrariedade na manifestação de conceitos. Funciona como um horror psicológico experimental que não explora muito possibilidades de salvação.
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Dos planos delirantes das faces das duas até o filme em si se revelando; Bergman navega pela psicanálise ao se penetrar inconsciente da mente humana e, também, pela filosofia, ao desconstruir as nossas representações do mundo e o próprio cinema.
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Bergman fratura e deforma imagens em um filme sobre personas implodidas e máscaras que caem e/ou trocam de lugar. Sobre o 'inútil sonho de ser; não parecer, mas ser'. Hermético, sim, mas igualmente magnetizante.
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Devastador em sua essência e realização. Talvez seja o trabalho que melhor resuma o trabalho de Bergman, o grande construtor de enigmas psicológicos e desconstrutor da personalidade humana. E o melhor de seus roteiros.
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A resistência das imagens em se submeterem a qualquer papel: nunca foi tão dramático fixar uma imagem no ecrã.
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Nenhuma cena erótica explícita poderia alguma vez ser tão espetacular como a história na praia contada por Alma.
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02/04/07 -Bergman usa a visão psicanalítica para mostrar a fusão de personalidades entre as duas mulheres. A semelhança fisica da atrizes mais a mistura de sonho e realidade e uma narrativa não linear, nos faz mergulhar na fusão das personalidades.
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"Quando a criança era uma criança era a época destas perguntas: Por que eu sou eu e não você?" Quando dois dos seus filmes favoritos dialogam e se completam.