- Direção
- Roteiro:
- Walter Salles (roteiro), Karim Ainouz (roteiro), Sérgio Machado (roteiro), Ismail Kadare (romance), João Moreira Salles (diálogos adicionais), Daniela Thomas (diálogos adicionais)
- Gênero:
- Origem:
- , ,
- Duração:
- 105 minutos
- Prêmios:
- 59° Globo de Ouro - 2002
Lupas (27)
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Raríssimo exemplar de cinema nacional de qualidade.
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Impactante.
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Ganha o espectador aos poucos com sua trama que revela sensibilidade na aridez. A guerra estúpida entre famílias divide espaço com o carinho entre os irmãos e o florescer de um romance quase ingênuo. Embora Santoro esteja ótimo, é Lacerda quem fisga a plateia.
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A rivalidade cega entre famílias opostas: um tema batido, mas que aqui é abordado com delicadeza, chegando a ser poético. Destaque também para o fotografia, que torna a obra ainda mais caprichada.
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Tragédia grega com textura e acomodações sertanejas, com uma parte técnica impressionante, e uma entrega artística total para que "Abril" seja o puro Cinema que é. Difícil não se envolver com as propriedades constantes com que Salles tempera as coisas.
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Poético e onírico, repleto de simbologia (a camisa manchada de sangue é algo brilhante); nunca sabemos dos reais motivos da briga entre as famílias, e nem precisamos, pois o que está em jogo é a honra, em um dos grandes momentos de Santoro no cinema.
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A Albânia de Kadaré transfigurada no celuloide como o Brasil de Salles é verdadeiramente um bom fio condutor de narrativa. Faltou ênfase no poder da tradição e do Mito, mas é uma bela abrasileiração. Bem bonita visualmente a cena da prostração ao final.
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Ainda que trate de temas como vingança, honra e estagnação, toda a trama das famílias é em verdade uma grande banalidade, porém Salles compensa com um capricho estético impressionante, em um dos filmes visualmente mais bonitos do cinema nacional.
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Retrato de uma realidade árida e cruel, sem nenhuma perspectiva, apenas um presente que pode ser ruim ou bom, e nesse último caso sempre cronometrado, mas ainda assim capaz de proporcionar alegrias breves, porém que marcam profundamente seus personagens.
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Walter Salles nos traz um drama poético e com interessantes jogos de câmera, mostrando o quão talentoso é o brasileiro. Mas o filme em si apesar de bom, poderia ter ido mais além.
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Temos uma estética do sertão e não da fome como em Glauber R.. Fotografia que se relaciona muito bem com o espaço e narrativa. O calor muitas vezes parece sair da tela e despertar os sentidos! Ótimas atuações. Enredo revela força e rompimento de tradição.
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Um dos filmes nacionais mais subestimados.
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02/11/02
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Não chega a ser a cosmética da fome no seu apogeu, mas é mais do mesmo!
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De uma tristeza avassaladora porém sem deixar de ter momentos de tocante beleza. Um ótimo filme nacional, pena que pouco valorizado e superestimado.
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Uma pena, um discurso mostrado como catástrofe, uma pena!
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Em uma região que só se sabe que fica em cima da terra e embaixo do céu, onde todos só anceiam em mandar os outros para baixo da terra, vemos o processo de Pacu e Tonho para chegar ao céu. Poético, exuberante e triste.
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Salles transforma uma simples história de honra, amor e vingança no sertão numa grande metáfora sobre a vida, a liberdade juvenil e os sacrifícios de compaixão, com um extremo cuidado estético em seus quadros e arrancando belas atuações, de Santoro e etc.
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Ótimo instrumento de estudo de alguns dos problemas do sertão brasileiro, utilizando uma linguagem poética linda e sensível como poucos filmes brasileiros conseguem.
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Você consegue assisti-lo inteiro, sem problemas, mas não deixa de te causar a impressão que faltou algo.